Em 1969 Martinho José Ferreira, o Martinho da Vila, lançava o seu primeiro álbum “cheio”, que se tornaria rapidamente um grande sucesso e, por tabela, um clássico do Samba, por trazer uma série de sucessos como “O Pequeno Burguês”, “Quem é do Mar Não Enjoa”, “Casa de Bamba” e “Tom Maior”, entre outras.
Porém, sua carreira fonográfica iniciou um ano antes , em 1968, quando se uniu aos amigos Mário, Anália (sua então esposa), Zuzuca, Cabana, Darcy da Mangueira, Antônio, Antônio Grande, e o Conjunto Brasil Ritmo 67, para gravar o disco “Nem Todo Crioulo é Doido”, lançado originalmente pela gravadora Disc News, e que finalmente ganha, pela primeira vez, a sua versão em CD.
Uma das curiosidades do lançamento é a presença da versão seminal do clássico “Pra Que Dinheiro”, em gravação realizada no estúdio da gravadora Continental no centro Rio de Janeiro. As outras canções interpretadas por Martinho – “Deixa Serenar”, “Querer É poder” e “Se Eu Errei” - não são composições suas e só foram registradas nesse disco.
Entre as outras canções presentes no disco, destacam-se a faixa título “Nem Todo Crioulo é Doido”, com Cabana, “Tristeza de Malandro”, com Zuzuca e “Sou de Opinião”, com Darcy da Mangueira.
Reeditado em 2013 pelo Selo Discobertas, com autorização do próprio Martinho, o disco ainda traz outros atrativos, como a reprodução da primeira capa de um disco do sambista – um compacto duplo contendo as quatro músicas do Martinho presentes no LP -, além da reprodução dos selos do LP, compacto simples e duplo, e a reedição do texto presente na contracapa do LP original, onde o próprio Martinho apresenta o disco aos ouvintes.