Por Anderson Nascimento
Demorou muito tempo até que Johnny Marr decidisse enfim gravar o seu primeiro álbum solo, e isso aconteceu finalmente em 2013 com o elogiado álbum “The Messenger”. Agradado com a repercussão da crítica e público, Marr não demorou muito a lançar a sequência de seu primeiro disco solo, já que boa parte das canções do novo disco surgiram enquanto a banda realizava a bem sucedida turnê de “The Messenger”.
“Playland” é uma boa continuação do disco anterior, trazendo melodias bem construídas e momentos de deleite em grandes canções como “Easy Money”, single que apresenta um refrão irresistível. O disco, no entanto, alterna momentos de muita inspiração com outros menos empolgantes.
De qualquer forma, os melhores momentos acabam superando os demais. O disco carrega ótimos com riffs daqueles que costumam caracterizar o som de Johnny Marr, esses são os casos de canções como a faixa de abertura “Back in Box”, “Candidate” e “The Tension”. Texturas mais melancólicas também aparecem ao longo do álbum, principalmente nos casos de “Dynamo”, “The Trap”, e também em “Playland”, rock oitentista que dá nome ao disco.
Talvez a maior diferença entre “The Messenger” e “Playland” seja a elaboração das melodias, que são um pouco mais marcantes no álbum anterior. Ainda assim, o novo disco de Johnny Marr possui momentos inspirados e acaba fechando um ciclo iniciado há dois anos. Espera-se então que Johnny possa continuar dando vazão a esse momento produtivo e criativo com novas turnês e discos.