Por Anderson Nascimento
O cantor, músico e compositor Rodrigo Clark iniciou os estudos da guitarra, instrumento ao qual o seu trabalho está baseado, em meados da década de 1990, época em que montou a sua primeira banda “Upside Down”, que durou até o ano de 1999 e, nos seus dois anos de existência, acumulou apresentações em festivais como o Coca Cola New Sounds, além de se apresentar em casas como o “Mistura Fina” e a “Casa da Matriz”.
Após tocar em outras bandas, entre grupos autorais e de covers, além de participar de vários outros projetos, Rodrigo finalmente estreia em carreira solo, com o disco “Só Me Resta o Rock N Roll” (2012).
E o nome do disco realmente entrega o conteúdo do trabalho, ou seja, Rock and Roll. Dessa forma, parafraseando a letra de “Algo Diferente”, encontramos exatamente o que estamos procurando a partir do nome do álbum. A faixa, inclusive é um mix de referências que lembram bandas como Plebe Rude e Engenheiros do Hawaii, inclusive na própria confecção da letra.
Ao longo do disco fica claro que o Rodrigo se espelha no bom e velho Br-Rock para dar luz às suas canções. Várias faixas remetem à artistas como RPM, caso de “Agora é Minha Vez”, e até Supla, em “Lesbian Love”. E o artista faz isso de forma inteligente, conseguindo ainda estampar uma identidade própria, e arejar o disco com sonoridades que vão desde a faixa blueseira que batiza o disco até o Ska da faixa “Kátia Sá”, tudo isso tendo o Rock como base.
Entre outras faixas bacanas estão “Quantas Vidas Você Tem?”, “O Que Restou...” e “Chuva Ácida”, faixa que encerra o disco e faz referência à faixa de abertura, em uma jogada bacana, que fecha esse belo trabalho de maneira interessante.
Com produção e mixagem assinadas por Eric Moore (Estúdio Toccata) e instrumental arranjado de maneira irrepreensível, o disco de Rodrigo Clark vai agradar a galera que curte um Rock apoiado em solos de guitarra, letras em português e, principalmente quem cresceu ouvindo música nos anos oitenta.