Por Anderson Nascimento
Em seu sexto álbum, quinto de estúdio, o cantor e compositor carioca Jay Vaquer apresenta um repertório cem por cento autoral, trazendo doze canções que permeiam a sua já peculiar forma de compor e tratar as suas canções.
Se por um lado o artista não tenciona inovar em nenhum momento do álbum, por outro as canções estão sólidas e bem construídas, mostrando uma grande riqueza na forma em que o artista organiza as ideias em seu álbum.
A faixa título, por exemplo, traz essa característica marcante ao brincar com as palavras e, apesar de curta, é uma bela música. Musicalmente a música ameaça a todo tempo soltar uma pancada no estilo Lynkin Park, mas fica só na ameaça mesmo. Também nessa linha, “Do Nada, Me Jogaram aos Leões”, canção que conta com a participação da cantora Maria Gadu, e é outro destaque do disco.
Em alguns momentos, Jay Vaquer se envereda para o Rock feito por artistas de sua geração, casos da faixa de abertura, “Meu melhor inimigo” e de “Presença Hecatombe”, que tem ecos do Rock contemporâneo nacional. Já o Rock “Ah, mais bem que você gosta (Coprógrafa)”, tem muito mais a ver com o estilo do cantor, de letra pungente, a canção acaba sendo um dos destaques do CD.
Apesar de bom disco, “Umbigobunker!?” peca no excesso de baladas. Em “Dias desses” e “Personal Saturno, Jupiter Privé”, Jay passeia pelo soft-Rock alternando momentos de mais pegada com instrumental mpbístico. Entre as baladas do álbum, está a música “Fabulosa Santa que Pariu”, uma espécie de canção épica que vai além do minimalismo de canções como “E assim saltar” e "Se é que Sonhei (Aquele Sonho Esquizo)”, acabando por ser o grande destaque entre as canções mais lentas.
No fim das contas o disco tem um saldo bastante positivo, com vários potenciais hits que certamente vai continuar agradando os seus fãs.