“Wonderful, Wonderful”, é o quinto álbum de estúdio da banda americana The Killers. Cinco anos desde o lançamento de “Battle Born” (2012), a banda coloca mais um disco no mercado, mas será que toda essa espera valeu a pena?
O tom épico da faixa título, que abre o disco, reflete criatividade e muita reverência ao passado. A canção tem ecos que vão desde ELO, até o popzão noventista do U2. Falando em reverência, não há como não associar “The Man”, faixa seguinte, ao som dançante feito pelo Talking Heads nos anos 1980. A boa faixa põe todo mundo no clima de pista de dança, coisa que a banda sabe fazer muito bem.
Após a sexta canção, a banda é apenas ok, apresentando canções apenas boas como “Tyson Vs. Douglas”, e dando uma boa esfriada na balada arrastada “Some Kind of Love” (bem U2, por sinal), se reerguendo em “Out of Mind”, faixa onde novamente observamos o Killers hitmaker de anos atrás.
Como curiosidade, a faixa eletrônica “The Calling” traz o ator Woody Harrelson recitando trechos da bíblia em seu início. O disco então finaliza com a balada “Have All The Songs Been Written?” que propõe diversos questionamentos, até chegar a versos gentis em seu fim.
Indubitavelmente no panteão das melhores bandas atualmente, o The Killers continua fazendo discos que não comprometem, mas que também estão longe dos momentos mais brilhantes da carreira da banda.
Embora “Wonderful, Wonderful” não tenha muito poder radiofônico, o disco funciona dentro do contexto do álbum, e certamente agregará duas ou três novas faixas para o setlist glorioso do grupo.