Por Anderson Nascimento
Com o sugestivo nome de “Rocks”, o Kappa Crucis acaba de lançar o seu segundo álbum, consolidando o seu estilo de som, calcado no instigante Hard Rock setentista, e sua formação, mesma que gravou “Jewel Box”.
O início do álbum com “What Comes Down” tem ares que lembram o Rock sinfônico do ELO feito pela banda inglesa no iniciozinho da década de 70, enquanto a sequência com “Mechatronic” é uma híbrida mistura que envolve ecos do Hard setentista e oitentista.
Mas “School of Life” é o destaque absoluto do álbum. A faixa se distingue das demais em termos de formato, já que é a menor música do disco, e traz em sua guitarra a base para uma canção redonda que parece reviver o espírito de um adolescente arrependido.
Com ares de balada, a existencial “Invisible Man” também é outro destaque do disco, evidenciando o lado criativo da banda, enquanto as duas seguintes, “Strange Soul” e “Flags and Lies” retomam o estilo mais característico do grupo.
Mesmo fundamentada sob o Hard Rock, a banda também passeia por outras variações sonoras do Hard, esse é o caso de “Nobody Knows”, que bebe do Rock Progressivo, sempre azeitando o som levando em conta a identidade sonora da banda.
A sombria e paradoxal “Between Night and Day” também vai agradar àqueles chegados a canções épicas, a faixa chega a lembrar de momentos mais densos de bandas como Iron Maiden.
Enquanto “When The Legs Are Wheels” volta a evidenciar a guitarra, “The Braves and The Fools” encerra o disco com uma ótima canção, outra das melhores do álbum, que traz levada forte, porém amena, reafirmando o que diz o baterista F. Dória no release do disco sobre o estilo musical da banda: “Acima de tudo fazemos Rocks”.
Com ligeira evolução a partir do primeiro álbum o Kappa Crucis faz um álbum à altura de seus mais de quinze anos de carreira e, certamente, vai agradar à todos que curtem o Hard Rock clássico.