Por Anderson Nascimento
Dono de uma consistente discografia, que conta com cinco álbuns lançados a partir de 2001, a banda paulista Hellish War lançou no ano passado “Wine of Gods”, álbum que consolida uma carreira de mais de 20 anos, brindando o público com o seu Heavy Metal de pegada clássica.
Essa fé no estilo de música que defendem fica escancarada na faixa-título “Wine of Gods”, que abre o disco repleta de reverência ao que de melhor já foi produzido no estilo. Letras interessantes, coros para cantar de pulsos fechados, virtuosismo instrumental e todos os elementos que um bom Heavy Metal deve conter.
O álbum foi gravado após a banda ter se inscrito e ganhado o edital do PROAC (Programa de Ação Cultural), programa de investimento direto, promovido pelo governo do estado de São Paulo, daí a gravação do disco se deu nos estúdios Omni Studio (Cosmópolis) e PiccoliStadio (Londres).
O disco traz 10 canções inéditas, que juntas têm o desafio de manter o nível do bem-sucedido álbum anterior “Keep It Hellish”, lançado em 2013. Ouvindo o disco, fica claro que a banda obteve êxito, pois o disco é sorvido de canções fortes e marcantes como “Falcon” e “Dawn of The Brave”. Particularmente vejo que esse é sempre um grande desafio para bandas de Heavy Metal, não se repetir.
Vale ressaltar a participação no disco do vocalista da banda Grave digger Chris Boltendahl, ele gravou os vocais na faixa “Warbringer”, e foi só elogios à banda, comparando-a com bandas europeias dos anos 1980.
As letras da banda continuam interessantes e elas nunca fazem figuração para o instrumental. Neste álbum elas falam sobre batalhas, depressão, invasões napoleônicas, castelos e, por fim, na esperança na humanidade em “The Wanderer”, canção que fecha o álbum.
Lançando álbuns pontualmente, sempre quando o conceito já se encontra estabelecido entre os integrantes do grupo, o Hellish War marca mais um ponto positivo em sua longa carreira.