Por Anderson Nascimento
Gabriel Moura, compositor de mão cheia, responsável por alguns dos principais sucessos radiofônicos do cantor Seu Jorge, chegou ao seu terceiro disco solo, “Quem Não Se Mexer Vai Dançar”, entregando um pouco de seu groove e tino para o sucesso.
Como não podia deixar de ser, o álbum é um convite para o ouvinte se acabar nas pistas de dança, ou sacolejar enquanto dirige o seu carro. Isso é o que sugerem a sequência de faixas que abrem o disco, principalmente o caso de “Hit do Tim Maia”, Soul da melhor qualidade que convoca o ouvinte para dançar a noite inteira.
O disco começa mesmo com “um-pé-na-porta” do salão de danças nas duas primeiras faixas, se rendendo logo após ao passeio de mãos-dadas na carinhosa “Dengo Cafuné Chamego”, canção que ganha a majestosa participação de Mart’Nália. A sequência mais devagar ainda inclui a bela “Ela Mora Longe” e a deliciosa “O Amor é In”.
O disco é repleto de potenciais hits radiofônicos como “Vamo Aí” e a surpreendentemente pop-romântica “Eu Ainda Te Amo”, penúltima faixa do álbum.
Ao longo do disco percebe-se referências explícitas a vários artistas da Soul Music, como a Tim Maia, em vários momentos, sobretudo na já citada homenagem “Hit do Tim”, e Stevie Wonder, na suingada “Pedra Noventa”.
O disco despe-se do ouvinte muito bem com “Dance Sem Parar”, canção com toda pose de pancadão setentista, que funde a Soul clássica com a Disco daquele finalzinho de década.
Composto de dez faixas inéditas, o novo disco de Gabriel Moura uma verdadeira “festa pronta”, tem os momentos para dançar sem parar, mas também aqueles momentos para dançar juntinho. O álbum foi gravado no icônico estúdio “Nas Nuvens”, e por falar em ícone, ganhou a produção de ninguém menos que Liminha.