Por Anderson Nascimento
Com o valoroso e impressionante Rock “Dançando na Lua” que dá nome ao novo disco da banda baiana “Camisa de Vênus”, Marcelo Nova e Companhia dão início ao seu sexto disco de estúdio do grupo, primeiro desde “Quem é Você” (1996).
Com não poderia deixar de ser, o disco segue o mote do Rock clássico, guitarras vigorosas e boas letras se convertem em um disco envenenado, com um Rock cru e eficiente, tal qual não se costuma ver o tempo todo no cenário roqueiro atual.
Dificilmente há um erro, ou algo do que se lamentar ao longo do álbum. O próprio Marcelo Nova tá cantando melhor nesse disco, abusando menos daquele seu tique vocal fantasmagórico que deixa a sua voz trêmula.
A primeira metade do disco é irrepreensível e enfileira canções que poderiam estar em qualquer lista das melhores da banda em toda a sua história. Como já citado, as composições representam um destaque especial neste álbum, haja vista canções como a mordaz “A Raça Mansa” e “Silabando Como Cascavel”, que, aliás, é adornada com um órgão charmoso, e é uma das melhores do álbum.
Em “Dançando na Lua” Marcelo consegue produzir uma série de novas canções que certamente serão destaques nas próximas apresentações ao vivo do grupo. “Chamada a Cobrar”, por exemplo, tem um refrão marcante e certamente vai funcionar muito bem ao vivo.
Com outros destaques como “Só Morto / Burning Night” (Jards Macalé, Duda Machado), único cover do disco, o disco é relevante e faz jus à obra da banda. Após tantos anos de carreira, Marcelo Nova prova que ainda tem muito que dizer, e que a sua fonte roqueira parece jamais esgotar.