Por Anderson Nascimento
Pianista, considerado pelo maestro Quincy Jones como um dos maiores arranjadores do planeta, Gilson Perenzzetta chega aos 70 anos de idade e 50 de carreira com vasta obra como compositor, músico e arranjador, além de 50 álbuns solo e centenas de discos gravados em parceria com outros artistas.
Para comemorar as efemérides, Gilson lançou no segundo semestre do ano passado o disco “Como Vinho”, gravado ao vivo na Sala Cecília Meireles em 15 de abril de 2016. De repertório mais clássico, o disco apresenta 12 canções, 10 delas de sua autoria solo ou em parceria.
Calcado no piano, apenas as três últimas canções do disco não são instrumentais, e contam com participações especialíssimas de convidados. “Vivência” traz a cantora Valéria Lobão nos vocais; a delicada “Sorriso de Luz”, dedicada a Lili Peranzzetta, traz a voz do cantor João Senise e o sax de Mauro Senise; enquanto a diva Leny Andrade interpreta lindamente o clássico de Cartola “As Rosas Não Falam”.
Compositor já gravado por artistas do naipe de Ivan Lins, Djavan, Leila Pinheiro, Dori e Nana Caymmi, além de artistas internacionais como Quincy Jones, Dianne Schurr e Barbara Streisand, só para citar alguns, Peranzzetta pode até ser comparado com o vinho, como sugere o nome do disco, mas a safra de 1946 não pode nem ser chamada de rara, já que, neste caso, é única e exclusiva.