Por Anderson Nascimento
Difícil falar sobre um disco novo do Iron Maiden, principalmente quando não se é fã da banda, a resenha fica meio "oca" sem superlativos e sem os títulos honorários de a maior isso ou a maior aquilo. Mas "Dance of Death" traz o Maiden de sempre, guitarras pesadas, vocal urgente, solos bacanas e batidas bem tradicionais, ou seja, o novo disco da banda tem tudo para deixar qualquer fã da banda feliz. Ainda que seja fácil prever tudo aquilo que encontraremos no disco.
A banda de Bruce Dickinson, Steve Harris e companhia faz um disco redondo, que abre com um interessante "one, two, tree, four" e uma faixa feita para ser hit ("Wildest Dreams" é o primeiro single do disco) e apesar da crítica andar falando que a mesma é muito comercial, eu achei bacana.
"Rainmaker", a segunda faixa do disco traz uma bonita melodia, riffs inesquecíveis acompanhado de uma maravilhosa interpretação vocal de Bruce e é um dos destaques do disco.
A terceira faixa "No More Lies" é, na minha opinião, a melhor faixa disparada, a bateria e o refrão são arrasadores e transformam a música de uma hora para outra numa porrada violenta.
"Montségur", a faixa seguinte, entra direto para a categoria das músicas do Iron que são cantadas em coro pelos fãs nos shows, a faixa empolga. "Dance of Death", a faixa título lembra em seus mais de oito minutos as músicas do Iron que são "encenadas" no palco, como "Fear of The Dark".
"Gates of Tomorrow" e "New Frontier" trazem a banda fazendo um estilo de som que é marca registrada da banda, muita guitarra, coros no refrão e muita barulheira.
"Paschendale", é mais uma canção com mais de oito minutos e é a que mais se difere do estilo Maiden, música com várias quebradas, variações de ritmos e show à parte do instrumental que acompanha toda a música de forma coesa.
A partir desta música o disco vai perdendo as forças, "Face in the Sand" é bonita, tem teclados que passeiam nos seus seis minutos de duração, "Age of Innocence" começa bem lentinha, apesar ter um crescendo mas permanecer bem mais leve que o tradicional, até culminar na (pasmem) acústica "Journeyman".
A faixa que encerra o disco tem uma das letras mais legais dessa nova safra.
O disco agrada, bastante até, mas talvez o que falte na banda é inovar, fazer um disco diferente que faça com que o elemento "surpresa" possa deixar o fã (ou não) boquiaberto, mas como time que está ganhando não se mexe...