Sem lançar um disco desde 2010, quando lançou “Arranco de Varsóvia Canta Martinho da Vila”, o simpático grupo carioca está de volta com “Na Panela Pra Dançar”, sexto disco do grupo, que tem o nome tirado de uma das faixas do disco, que representa exatamente a ideologia defendida pelo Arranco.

Seguindo a sonoridade já característica do grupo, ou seja, uma cama sonora inteligente e redonda, além dos característicos arranjos vocais que definem o grupo, o Arranco defende um repertório bem selecionado que, entre outros, alinha Lenine, Danilo Caymmi, Sombrinha, Arlindo Cruz e Egberto Gismonti.

Dessa forma, o grupo se concentra no Samba, ritmo já tarimbado pelo grupo, com canções como “O Dia que Faremos Contato” (Lenine, Bráulio Tavares), que aqui ganha uma ótima nova roupagem. Outro destaque especial é a faixa título “Na Panela Pra Dançar” (Paulo Malaguti, Valmir Vignolli), uma das melhores faixas do disco, que sugere uma reunião de ingredientes em prol da diversão.

Esperando ampliar o naipe de compositores e consequentemente amplificar a estética de seu som, o grupo traz a trinca de compositores cariocas composta por Mauro Diniz, Sombrinha e Arlindo Cruz, de onde resultam as deliciosas gemas “Malandro Também Chora” (Mauro Diniz), “Saudade” (Sombrinha, Rubens Gordinho) e “Papinha” (Arlindo Cruz, Maurição, Carlos Sena).

Vale também um parágrafo à parte a faixa de abertura do disco “Apogeu e Glória do Arranco de Varsóvia” (Danillo Caymmi, Cláudio Nucci), épico e espécie de novo hino do grupo, que percorre a história para contar uma estória do grupo.

Com o Samba vocal do grupo formado por Andrea Dutra, Cacala Carvalho, Elisa Queirós e Paulo Malaguti Pauleira - figuras cada vez mais conhecidas do cenário musical carioca -, ainda mais polido e surpreendente, destacando também as ótimas intervenções solo de cada integrante, o grupo põe no mercado mais um excelente trabalho, levando o ouvinte a querer logo curtir essas novas canções ao vivo.