Mais um trabalho da banda mineira Jota Quest lançado, a banda que surgiu com um visual New-Retrô, com vastas cabeleiras e fazendo uma releitura do grande sucesso de Hyldon ( Dores do mundo ) volta ao cenário com um disco sem muito a acrescentar de novidades.

O Estilo Soul-Black-Rock que a banda defende a algum tempo está mais do que nunca representado neste disco.

A Música "Absurdo" é uma grande prova disso. Um swing-soul bem interessante é demonstrado nesta, e é claro o solo de guitarra que sugere a música logo nos primeiro segundos de audição.

Neste disco temos também a ótima regravação do Rei Roberto Carlos em "Além do Horizonte", música de trabalho deste novo disco. Nada de difícil para Rogério Flausino e banda tocar Roberto. Na verdade fica tão óbvia a facilidade que muitos desenformados devem estar achando que esta música é uma nova composição da banda, e não uma regravação.

Um Funk-Rock vêm dando sinais em "Até aonde vai", música que dá nome ao cd, lembra até um pouco o "Funk Como Lê Gusta ( ex-banda de Paula Lima )", Refrão fácil, chiclete na certa. O jogo de vozes na música dá um clima de anos 70 muito gostoso de ouvir.

"Celebração do inútil desejo" é um surpresa no começo, até parece que quem vai entrar cantando é Fernanda Takay...Me passa pela mente agora até mesmo Coldplay ou Radiohead... A letra da canção me lembra "O Vento", " O que eu também não entendo", não em construção, mas em inspiração.

É rir pra não chorar" é uma canção daquelas para encher cd. Composição sem muito a acrescentar, assim como "Já Foi", que não inova muito...tem até aquele jogo de efeitos na voz como em "Oxigênio", do álbum de mesmo nome.

Uma música muito interessante deste novo trabalho é "Libere a mente" com participação de Evandro MC ( grande nome EM Minas )...interessante sim, até chegar o refrão: - Libere a mente hoje tem baile - :OX

Temo a balada "Lógica", que pode ser até um hit de rádio. Bem lentinha com letra legalzinha, mas com muiiiito "Lá Lá L".

E lá vem música para a novelinha Malhação "Não d" tem o clima daquela imagens entre uma cena e outra da novelinha, pegada muito boa de Guitarra e Bateria compassada com alguns momentos impecáveis...uma música boa...a letra é que não é grande coisa...Mesmo tendo Nando Reis como responsável...

Enfim chegamos no que para mim é disparada a melhor música do disco " O sol ". Letra super simples mas que diz tudo o que tem que dizer em poucas palavras. A música é na verdade mais um cover, desta vez do Tianastácia, gravada no cd " Na boca do Sapo tem dente". Refrão bom – E se quiser saber pra onde eu vou, pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou – Grande possibilidade de ser o próximo hit do rádio e entrar para o hall do Jota Quest entre músicas já citadas nesta resenha ( O Vento e O que eu também não entendo )e mais outras como "Só Hoje" e "Amor Maior".

"Palavras de um futuro bom ", também é forte candidata a hit, letra muito boa, música idem. Lembra-me novamente a existência Coldplay, mas agora com o acréscimo de Keane.

Depois de duas baladas retornamos ao soul, "Star Man", que tem umas nuances de teclado muito interessantes, combinam muito bem com a música. A letra não diz muito...mais uma letra auto-ajuda, mas tem momentos interessantes.

"Sunshine em Ipanema" me remete a praia. A música praiana é até meio viajante...Bem verão californiano...A guitarra em conjunto com o teclado me lembra ( as vezes ) Jet.

Encerrando a resenha temos "Vou a pé", música para balançar a cabeça enquanto ouve, é claro mais um soul. Letra com quase nada ( e muitos Yuhuuuu ).

Enfim, um disco regular, sem nada a acrescentar na música brasileira. Bom para fãs, e até para quem acha a banda simpática....E com Liminha na Produção...

( só para constar, a ordem das músicas não é a mesma do cd, quis quebrar propositalmente a construção do disco para analisar melhor cada música ).