Por Johnny Paul Soares
Colocar qualquer álbum da cantora e compositora inglesa Rebecca Ferguson para ouvir nunca vai ser perda de tempo se você aprecia Soul, R&B e Pop bem feitos. No último dia 14 de outubro, saiu pela Syco/Sony o trabalho Superwoman, com todo o desempenho vocal estupendo da artista. Com as gravações iniciadas em 2015, foi produzido por Phil Cook (da banda Megafaun), Troy Miller e Matt Prime.
Das explicações de uma mulher comum apresentada na faixa-título até às emoções de Waiting for Me, Rebecca Ferguson faz uma análise descomunal da vida real em suas letras de melodias calcadas nos já citados Soul e R&B na transformação de um Pop muito bem-vindo e acessível, algo que já vinha dos trabalhos anteriores Heaven (2011) e Freedom (2013). Não cito Lady Sings the Blues (2015) por ser focado em canções da cantora de Jazz americana Billie Holiday, pegando emprestado o mesmo nome do álbum da jazzista, lançado em 1956.
Vice-campeã da sétima temporada do X-Factor em 2010, rapidamente ganhou fama com o lançamento dos discos citados acima, sendo comparada, por vezes, com Aretha Franklin, uma de suas influências ao lado de Amy Winehouse e Kings of Leon.
Superwoman possui um cover de Ginny Blackmore, a faixa de abertura, Bones. Em minha opinião, superando em alto nível a canção original de 2013. E, se alguém resolver seguir a linha do artista que grava cover em seus álbuns é pelo fato de não ter mais nada para mostrar, Rebecca surge com as maravilhosas Mistress, Hold Me, Stars, The Way Youre Looking at Her, Oceans (com suas variações de tons) e Waiting for Me. Pay for It é a mais fraquinha, mas não ofusca o restante. Mesmo assim, é aquele tipo de música que te faz ter vontade de passa-la.
A Superwoman Tour, no que pode ser apenas uma primeira parte da divulgação, ocorre de 23 de outubro a 15 de novembro no Reino Unido.
Rebecca Ferguson está conquistando o seu espaço a cada lançamento, e sua face sincera e verdadeira reflete nas letras de suas músicas, conquistando assim quem consegue enxergar seriedade em composições de elevado nível no meio Pop. Os percalços presentes e os cuidados existentes na vida de um artista engolem muitos, mas Rebecca parece ter o pé no chão e mostra mais uma vez, agora com Superwoman, que a diva de 30 anos de idade merece total reconhecimento. Até agora não deixou nenhuma lacuna indesejável. Recomendo!