Resenha do Cd Medo E Força / Tatiana Dauster

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MEDO E FORÇA
TATIANA DAUSTER
2014

BOLACHA DISCOS
Por Anderson Nascimento

Tatiana Dauster é cantora e compositora que iniciou a sua carreira como backing vocal da banda “Acabou La Tequila”, grupo muito importante aqui no Rio de Janeiro nos anos 1990. A cantora ingressou em sua carreira solo em 1998, com o álbum autointitulado produzido por Pedro Luís e apadrinhado por Pepeu Gomes. Pelo selo Nikita, lançou em 2004 o seu segundo álbum, produzido por Celso Fonseca. Após um tempo fora do país, tocando o projeto “Flux”, a cantora finalmente está de volta com o seu terceiro disco “Medo e Força”, produzido por Alexandre Kohl, que divide a autoria de boa parte do disco com a cantora.

Logo na abertura do disco fica claro o empenho e a preocupação com os aspectos melódicos. A faixa que dá nome ao disco “Medo e Força” (Tatiana Dauster, Alexandre Kohl), tem arranjo com ótimo trabalho de Alexandre Kohl nos teclados e programações, além de uma interpretação incrível de Tatiana.

Este aspecto é o que o ouvinte vai encontrar ao longo de todo o disco, como por exemplo, na sequência com a deliciosa “Parei Percebi” (Tatiana Dauster, Alexandre Kohl), que surpreende o ouvinte com a sequência rítmica feita por Eduardo Lyra.

Ao mesmo tempo em que o disco traz canções grandiosas como a já citada “Parei Percebi”, ele também abre espaço para canções singelas como “Ouça” (Tatiana Dauster, Marcos Paulista), “Vi Você” (Tatiana Dauster) e a bucólica e oitentista “Roda” (Tatiana Dauster, Alexandre Kohl, Gabriela Duvivier).

Os jogos com palavras e com os vocais também são uma marca no novo trabalho da cantora. Canções como “Medo e Força” e “Na Calma na cama na chama” (Tatiana Dauster, Alexandre Kohl) são grandes exemplos disso.

Entre as outras nuances presentes no álbum, está o refinado tango “Passarinho” (Tatiana Dauster), que ganha o poderoso acordeon de Pedro Gracindo e a plástica vocal de Tatiana. Já a força do Pop-Rock aparece com veemência na ótima “Não Me Venha Falar” (Tatiana Dauster, Alexandre Kohl).

O disco ainda agrega as participações de Otto, na faixa “Às Vezes” (Tatiana Dauster, Otto) e do Rapper norte-americano MC Zulu em “Trancelim de Marfim” (Isaar), em faixa que fecha o disco.

Para quem gosta de um discos com diversas texturas e possibilidades sonoras, este álbum da Tatiana Dauster é barbada. Um dos grandes méritos da cantora é justamente saber absorver as suas (muitas) influências e sintetizá-las em um álbum saboroso que acaba em um piscar de olhos.


Resenha Publicada em 02/01/2015





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