Resenha do Cd Wrote A Song For Everyone / John Fogerty

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WROTE A SONG FOR EVERYONE
JOHN FOGERTY
2013

SONY MUSIC
Por Anderson Nascimento

Com mais de cinquenta anos de carreira, John Fogerty, ex-vocalista do Creedence Clearwater Revival, está lançando o nono álbum de estúdio de sua carreira solo, trazendo uma penca de convidados para cantar com ele alguns de seus sucessos. A maioria desses convidados são artistas da Country Music, o que já nos dá pistas da sonoridade final do álbum.

Apesar disso, o disco inicia com o único artista proveniente do Rock, o Foo Fighters, que emenda uma versão pesada, porém confusa, do clássico “Fortunate Son”. A verdade é que a maioria das releituras são descartáveis, salvo momentos como “Born On The Bayou” (com Kid Rock), “Bad Moon Rising” (com a Zac Borwn Band) e “Lodi”, onde participam seus filhos Shane e Tyler Fogerty, fazendo uma linha bacana, com toda aquela cara anos 60.

Já as baladas estão bem representadas por “Long As I Can See The Light” (com a banda My Morning Jacket) e “Someday Never Comes” com a banda Dawes, no caso da última, uma das melhores do disco.

Enquanto alguns momentos exalam uma significativa beleza, após a aplicação do filtro Country, casos das faixas “Almost Saturday” (com Keith Urban) e “Wrote A Song For Everyone” (com Miranda Lambert e Tom Morello), a coisa fica feia mesmo nas duas últimas faixas do disco, e logo no clássico “Have You Ever Seen The Rain”, ponto máximo de qualquer apresentação de Fogerty, tocada com Alan Jackson, e em “Proud Mary” que ganha uma versão cowboy com direito aos “yeehoo” da vida campestre americana.

Para a sorte dos fãs, o disco conta com duas faixas inéditas. “Train of Folls” faixa bacana, que chega a lembrar os trabalho mais recentes de Neil Young, e “Mystic Highway”, faixa simples que segue a linha Country, ambas são interpretadas sem a participação de convidados.

No fim das contas não dá para entender bem o objetivo desse disco, que independente do ritmo predominante, transforma grandes canções em músicas insossas, com interpretações e arranjos que, além de não agregar e não explorar o potencial das faixas – como o nome do disco parece sugerir – não passam de perda pura de tempo.

Resenha Publicada em 18/07/2013





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