Urgente, acelerado e pesado, o novo álbum da banda americana Bad Religion, primeiro de inéditas desde “The Dissent of a Man” (2010), agrada e faz parecer simples entender o que o conceito “Punk” quer dizer.
Amplamente banalizado e desgastado na década passada, o Punk é respeitado no novo disco do Bad Religion onde, mesmo sem oferecer muitas novidades, resulta em um disco honesto e cheio de vitalidade.
Descendo a mão ao longo de dezesseis faixas em incríveis trinta e seis minutos, a banda chama atenção ao conseguir inserir riffs e melodias marcantes mesmo nos tradicionais dois ou três minutos que canções Punks constumam ter, isso fica claro em canções como “Robin Hood in Reverse” – melhor faixa do álbum - e “Dharma And The Band”, faixa onde o guitarrista Brett Gurewitz se aventura nos vocais.
As letras também chamam a atenção pela crueza, faixas como “Hello Cruel World” e “Past Is Dead”, são tão diretas que rapidamente nos fazem admira-las. A acidez de tempos idos também dá as caras nesse novo CD em momentos como “Fuck You”, enquanto a melancolia tem lugar em “Dept. Of False Hope”.
O fato de a banda ter ficado três anos sem lançar discos certamente colaborou para que essa banda, que já passou dos trinta anos de carreira, conseguisse lançar um disco tão interessante e vibrante como “True North”, o que certamente deixará os fãs felizes.