Resenha do 1 Ainda O Mesmo / Bjack

AINDA O MESMO title=

AINDA O MESMO
BJACK
2010


Por Anderson Nascimento

Vindos da cidade de Santiago, Rio Grande do Sul, a banda BJACK já possui dez anos de estrada, apostando em um Rock com a bela e característica pegada gaúcha. Ao longo desses dez anos, a banda já acumula alguns belos feitos como aparições em Tv, vários prêmios, lançamento de do DVD “20 Anos de Rock Gaúcho”, onde eles relêem vinte canções clássicas do Rock de lá, além disso, a banda lançou em 2007 o álbum autoral “O Resto é Pó”, com boa repercussão da crítica especializada.

O grupo, atualmente formado por Boto Wesz, Marco Lopez, Denis Brauner e Zé Scheffer, vem agora com o EP “Ainda O Mesmo”, com três canções que representam a nova fase da banda, segundo eles mesmos, optando por um som mais rebuscado, fazendo uso de cordas e de sintetizadores usados nos anos 70 e 80.

As canções do novo EP já foram lançadas no álbum anterior, mas aqui mostram essa nova proposta da banda, que se encarrega de elevar o nível qualitativo das canções, tendência natural no caso de uma banda com dez anos de carreira e que almeja chegar o mais longe possível, ultrapassando as fronteiras do Rio Grande.

Falando em fronteiras, um fato curioso é o de a banda ter um fã clube, na cidade de Nova Friburgo, Rio de Janeiro, mesmo estando “longe demais das capitais”, o que prova a força da internet e o conseqüente crescimento natural de uma banda, quando o trabalho que fazem é bom.

Esse novo momento da banda é mais bem representado pela canção “Recomeçar”, que em alguns momentos chega a roçar com a musicalidade feita pelos “Engenheiros do Hawaii” no disco “Várias Variáveis” de 1991, muito disso por conta do som dos sintetizadores que produzem uma bela cama sonora para uma letra empolgante e com enorme potencial para se tornar um hit instantâneo.

Já em “Bons Amigos”, a banda usa e abusa das cordas posicionando o trabalho da banda entre o que tem sido feito de mais de legal entre as bandas independentes.

“Desengano” tem uma requintada pegada roqueira, implementada dentro de uma estética moderna e pop, com as rédeas seguras para que a mesma não seja rotulada como apenas mais uma canção pop, o que se tem na verdade é mais uma riquíssima produção que catapulta a canção entre os momentos mais bacanas em toda a carreira da banda.

Ouvindo-se o disco anterior já conseguimos enxergar o belo potencial artístico da banda e vida própria em suas canções, mas agora com esse EP a evolução sugerida pela banda em suas entrevistas de divulgação do disco, perceptivelmente acontece, sugerindo a chegada de um grande trabalho pela frente.

Resenha Publicada em 17/10/2010





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