Por Anderson Nascimento
Já na primeira audição do homônimo álbum da Banda Supertrunfo, o ouvinte de primeira viagem não hesitará em deixar o álbum rolar, isso porque “Ando”, a épica faixa de introdução, revisita o Rock feito nos anos 80 com muita propriedade.
Em outros momentos, como na faixa “Nada Mais”, a banda banca o som alternativo praticado nos 90s por bandas como Relespública, misturando na mesma fórmula o peso de guitarras antes ouvidas em bandas de metal melódico, muito comum no fim da mesma década.
Essas viagens, aliás, são muito utilizadas nas canções da banda, proporcionando um climático ambiente que faz deslizar canções como “Se Tem Alguém”, um dos “trunfos” do repertório da banda.
Outro desses “trunfos” do álbum é a facilidade que a banda tem em se alternar entre momentos de grande polimento como na canção “É Só o Começo ” e momentos de sujeira que fazem imaginá-los em ação em uma apresentação ao vivo, fato facilmente observado na música “Ser Feliz”.
Apesar de fortemente calcada nos anos 90, a banda se mostra versátil ao beber, mesmo que isso não seja de forma proposital, de bandas clássicas como Kiss, caso da canção “A Dose Certa”.
As letras passeiam entre temas focados no dia-a-dia, positivismo e amor e, com instrumental condizente com a proposta da banda, o trabalho consegue ter concisão, fator indispensável principalmente para novos artistas que querem mostrar a sua cara.
No fim das contas a banda se apresenta no CD com postura e garra, com a finalidade de mostrar exatamente o que quer, sem firulas desnecessárias ou maquiagem, o que só atrapalha a carreira dos artistas.