Resenha do Cd Prisioneiro / Lambretta

PRISIONEIRO title=

PRISIONEIRO
LAMBRETTA
2019

INDEPENDENTE
Por Anderson Nascimento

Lançado no dia 13/07, Dia Mundial do Rock, o EP “Prisioneiro”, primeiro da banda Lambretta, traz seis canções repletas de participações especiais, entre vocalistas e músicos. A banda foi formada no Rio de Janeiro e conta com Daniel Massa (voz e guitarra), Pedro Garcia (baixo), Elir Filho (guitarra) e Marcelo Teteu (bateria).

O Rock rasteiro de “Valentina” foi a faixa escolhida para abrir EP e traz Zeca Baleiro nos vocais, a música também ganhou vídeo clipe e foi escolhida para puxar o trabalho da banda. A sequência, com a canção “A Mil Por Hora” é uma das melhores músicas do EP, trata-se de um Rock intenso e, com o perdão do trocadilho, veloz. A canção conta com a cantora Luana Caramarah (Malta) em ótima interpretação para a letra que é fácil de cantar e curtir.

“Tudo em Seu Lugar” traz a doce voz do Bruno Gouveia, que empresta força e melancolia à canção, que já fora divulgada em 2018 como homenagem ao autor da composição, Liô Mariz, cantor e músico pernambucano morto aos 23 anos em acidente de carro no Rio de Janeiro.

A faixa título “Prisioneiro”, conta com o ator Emílio Dantas nos vocais e bebe do mais puro Rock Inglês, enquanto o rockão “É Proibido” apresenta Jimmy London (ex-Matanza) nos vocais, com Fernando Magalhães (Barão Vermelho) na guitarra. “Medo” é a porrada do disco, traz Egypcio (ex-Tihuana) e Maurício Barros (ex-Barão), é um Rock classudo, lembra Barão e, consequentemente, lembra o som dos Stones.

Gravado no clássico estúdio Toca do Bandido, com produção de Lucas Macedo e Diogo Macedo, o disco apresenta influências diretas ao Rock inglês, principalmente em canções como “Tudo em Seu Lugar” e “Prisioneiro”, e também do Rock brazuca de Capital Inicial e Barão Vermelho.

Trata-se de um trabalho intenso e delicioso de ouvir, para os colecionistas e fãs dos artistas que fazem participação especial no disco, acaba se tornando um item obrigatório por trazer o registro de suas vozes. Por outro lado, as participações acabam eclipsando um pouco a identidade do grupo que, a contar por este trabalho, fica comprometida.

Avaliando “Prisioneiro” como um disco de Rock, ele é irrepreensível, mas ele falha como um instrumento de apresentação dessa promissora a banda. Se quiser fincar seus pés de vez no combalido cenário roqueiro carioca, a banda precisa mostrar a cara, já que as suas influências estão mais que aprovadas.

Resenha Publicada em 20/08/2019





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