O ano de 2013 tem sido marcado pela máxima “a volta dos que não foram”, artistas como David Bowie e Guilherme Arantes lançaram com muito sucesso e elogios da crítica seus novos discos após anos sem lançar material inédito. No caso desses dois artistas o tempo parece ter feito muito bem a eles.
Quem também está voltando ao “mundo dos vivos” é Rod Stewart. Sim, eu sei que ele fez sucesso com a interminável série “The Great American Song Book”, mas “Time” é o primeiro disco de inéditas do artista após o histo de muitos anos.
E o tempo fez bem a ele? Não na medida em que fez ao Bowie ou ao Arantes. O novo disco da “velha bruxa do Rock” (que de Rock já não tem muita coisa) soa irregular em seu conjunto, mas brinda os ouvintes com um bom punhado de novas canções.
E a sequência inicial do álbum com a ótima e feliz “She Makes Me Happy”, sua sequência “Can’t Stop Me Now”, onde Rod afirma “Eles não podem me parar agora, o mundo está esperando, é a minha vez de se destacar no meio da multidão”, seguida do primeiro single do álbum, a melancólica “It’s Over”, com arranjos de cordas etéreos, o que representa um início promissor e empolgante.
Apesar de ainda contar com outras belas faixas, caso da grudenta “Beautiful Moment”, da bonitinha “Live The Life” e da roqueira “Finest Woman”, o grande revés do álbum acaba sendo a perda de tempo com canções bobas como “Brighton Beach”, “Makes Me Love Tonight”, e a enjoativa “Pictures in a Frame”, que por acaso é a única cover do álbum.
A própria “Sexual Religion”, por exemplo, é um reflexo do pouco cuidado com o formato final do disco, já que a música parece totalmente deslocada do álbum, ainda que seja uma boa canção dançante. Enquanto “Pure Love” é um “pé-no-saco”, e encerra o disco jogando a sua avaliação final pra baixo.
Há de se reparar, porém, o potencial radiofônico de algumas canções. Bastam duas ouvidas no álbum e você sai cantando canções como a faixa título “Time” que, aliás, é a faixa mais Déja Vu que já ouvi na minha vida.
No geral, algumas conclusões devem ser feitas aqui. Rod continua cantando bem, tem carisma, e potencial para continuar ainda por muitos anos explorando o seu lado autoral. A esperança é que ele siga por essa linha e, nem pense, em voltar aos standarts.