Resenha do Cd O Fim Da Linha Não é O Bastante / République Du Salém

O FIM DA LINHA NÃO É O BASTANTE  title=

O FIM DA LINHA NÃO É O BASTANTE
RÉPUBLIQUE DU SALÉM
2013

INDEPENDENTE
Por Anderson Nascimento

Formada em 2010, a banda paulista “République Du Salém”, acaba de lançar o seu primeiro álbum, um EP muito bem produzido que traz seis faixas inéditas e autorais.

A banda não hesita em iniciar logo o disco apresentando as suas credenciais, defendendo um Rock intenso e altamente virtuose. Esse é o cenário de “Cidadão Kane”, primeira faixa do álbum, que tem guitarras nervosas, além de uma conjunção de referências que passam entre anos 70, no caso do refrão, e BrRock no caso da interpretação de Davi Stracci, que chega a lembrar (em vários momentos do disco) os vocais do Nasi no auge do Ira!

A banda apresenta muitas características marcantes como, por exemplo, o já citado vocal, os interessantes e peculiares côros, e o instrumental forte, que conta com guitarras incisivas de Guido Lopes e casamento perfeito entre o baixo do Marcio Algano e a batera de Raul Lino.

A sequência do disco “Corpo Achado” é outro petardo do disco, destaque, a canção resume bem a proposta do grupo, seja na composição, seja na interpretação, e serve como um cartão de visitas para quem quiser começar a conhecer a banda.

Mesmo em momentos onde a banda quer falar “ao pé do ouvido”, como no caso de “Apenas uma Canção de Amor”, ela segue as suas características. Nesse caso, a canção bisa o Southern Rock e conta com a sua parte final em inglês, numa grande sacada da banda, que inclui o vocal feminino de Rachel Billman, que dialoga com o grupo nas intervenções vocais e no côro.

Da mesma forma, a faixa “Os Homens”, melhor música do disco, inicia de forma suave, até atingir o seu ápice, parecendo levar o ouvinte a uma viagem na locomotiva que ilustra a capa do disco.

O disco finaliza com o som da mesma locomotiva que abre o disco, chegando ao seu destino na faixa “Expresso 212”, mas como o próprio nome do disco sugere, o fim da linha não é o bastante, e de forma quase que automática iniciamos a viagem mais uma vez repetindo o disco instantaneamente.

Com esse álbum, a banda faz uma estreia promissora, revelando um grupo que faz um som imanente ligado às suas convicções, refletindo um grupo que faz um som bem diferente do que estamos acostumados a ver, o que absolutamente conta muitos pontos ao seu favor e, embora a banda ainda esteja trilhando o seu caminho, ela já imprime uma marca única no cenário nacional do Rock.

Ouça o disco aqui:


Resenha Publicada em 30/05/2013





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