Difícil dosar a importância do compositor Luiz Carlos da Vila para o Samba em um texto curto como este. Luiz, que já deixa saudade desde o ano de 2008, é compositor de grandes clássicos do Samba, entre eles, “Kizomba, A Festa da Raça”, que levou a Escola de Samba Unidos de Vila Isabel ao título do carnaval de 1988.
Membro da ala de compositores da referida Escola e do tradicional Cacique de Ramos, agrupamento de bambas que rendeu artistas como Arlindo Cruz, Sombrinha, Jorge Aragão, Zeca Pagodinho e Almir Guineto, Luiz foi sempre conhecido por sua sofisticação ao compor os seus Sambas.
O disco, lançado pela primeira vez em CD, possui doze faixas autorais, e conta com apenas três parcerias, “Tudo Se Ilumina”, Samba composto com Sombrinha, “Não é Um Sonho a Mais”, composto com Arlindo Cruz, e “Vila Isabel, Anos 30”, Samba-Enredo feito em parceria com Martinho da Vila, que também interpreta a canção em dobradinha com Luiz Carlos da Vila, o que sem dúvida é um dos grandes destaques do disco.
Produzido por Martinho da Vila, e com arranjos comandados por Martinho, Rildo Hora e Ruy Quaresma, “Pra Esfriar a Cabeça” é o segundo disco da curta discografia do compositor, sendo uma grande chance de rever a maestria com a qual o sambista criava os seus Sambas, como observado em canções como “Diamante”, “Das Origens” e “A Flor da Esperança (Força e Magia)”, que encerra o disco.
O CD faz parte da recente coleção de reedições colocadas no mercado fonográfico pelo selo carioca Discobertas, que também traz, entre outros, Jorginho do Império, Mano Décio da Viola, Bebeto e Moreira da Silva.