Por Anderson Nascimento
Se em “Lost Highway” a crítica desceu o pau na banda acusando-a de ser repetitiva e de fazer um disco que lembrava o Country americano, com “The Circle” uma coisa é bem verdade, no disco novo a banda ratifica a sua posição no cenário musical, e sem vergonha de ser feliz, assume o seu estilo clássico se repetindo novamente, só que desta vez lembrando que é uma banda de Rock, como o próprio Richie Sambora fez questão de afirmar.
Isso está claro em boa parte das doze músicas do álbum. A começar pelo primeiro single “We Werent Born To Follow”, boa música que abre e puxa o álbum, mas que se você estiver distraído, quase canta “Born To Be My Baby”.
Além de cumprir o esperado, ou seja, a “volta as raízes” a banda também não deixa de por no disco todos aqueles clichês que consagraram o grupo nos anos oitenta. Nas bonitas baladas “When We Where Beautiful” e “Fast Cars” por exemplo, estão lá os “xalalás” que conhecemos com Jon Bon Jovi e Companhia. Apesar de possuir algumas baladas, nesse disco não há nenhuma a altura de “Always”, mas “Live Before You Die”, canção mais trabalhada nesse aspecto, com direito a orquestra e tudo, chega perto.
Como outros destaques do álbum temos “Superman Tonight”, que apesar do título, que sugere algo constrangedor, temos a banda apostando em uma semi-balada para fazer o público cantar junto, e certamente vai funcionar ao vivo. Aliás, esse aspecto parece ter sido bastante discutido ao gravar esse álbum, pois as canções possuem refrões fortes e grudentos. Ouça “Work for The Working Man” e comprove.
Com mais de vinte e cinco anos de carreira, não é nenhum pecado voltar as raízes e optar pelo som tradicional que consagrou a banda, mas o que o Bon Jovi tem que tomar cuidado para não cair na armadilha de se auto-plagiar como em alguns momentos o álbum sugere.
“The Circle” vai agradar aos fãs da banda, e também àqueles que não acompanham a banda, mas que certamente saberão que é o Bon Jovi quando ouvirem qualquer música desse álbum que tocar no rádio.