Resenha do Cd Word Gets Around / Stereophonics

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WORD GETS AROUND
STEREOPHONICS
1997

UNIVERSAL MUSIC
Por Anderson Nascimento

A efervescente música que corria solta do Reino Unido para o mundo mostrava uma nova-velha vertente musical. Se por um lado o chamado “New Brit Pop” era apresentado como novidade a partir de meados dos anos noventa, por outro havia um sabor de déjà-vu na degustação dessas bandas que começavam a experimentar o sucesso e logo encheriam estádios na Inglaterra e Europa.

Blur, Oasis, Ocean Colour Scene, Travis e Coldplay azeitavam seu tempero com sonoridades retrô e enlouqueciam multidões com Rocks e baladas de peso e melodia sempre muito trabalhada. Em meio a tudo isso, surgia no País de Gales uma banda que unia tudo de bom que as banda britânicas já estavam apresentando, unindo a isso uma crueza herdada do Grunge americano, essa banda era o Stereophonics.

O grupo logo de cara surpreendeu a todos com o disco de estreia “Word Gets Around”, álbum que conseguia dosar pancadas americanizadas, caso do hit “Local Boy in Photograph”, à baladas melancólicas, tipicamente britânicas, como na música “Traffic”. Tratava-se de um disco composto de temáticas simples, falando sobre o dia-a-dia em Cwmaman , cidade dos membros da banda.

Dessa forma, o álbum pegou a todos de surpresa, afinal de contas mais uma banda de qualidade estava surgindo. Não à toa, o disco chegou ao sexto lugar em vendas no Reino Unido, e deu à banda nada menos que cinco singles, ou seja, quase a metade do disco tocou nas rádios. O sucesso foi tanto, que a música “Local Boy in Photograph” chegou a ser relançada em single no ano seguinte. Curiosamente este é um dos dois álbuns da banda que não conseguiram chegar ao primeiro lugar.

Apesar de muitos não incluírem a banda no “movimento” Brit-Pop, não há como negar as influências do som que estava rolando naquele período. Um exemplo disso é a semelhança dos riffs de “Same Size Feet” com “The Hindu Times” do Oasis, que foi lançada cinco anos depois, ou seja, independente do fato de o Oasis ter copiado o Stereophonics (se é que essa é a verdade), isso meio que confirma que havia uma grande proximidade do estilo musical.

De qualquer forma, a acidez das guitarras e a voz arrastada de Kelly Jones realmente lembram a porção mais alternativa do Rock. Canções como “Last of the Big Time Drinkers” comprovam isso. Já “Goldfish Bowl”, bom exemplo de outras canções interessantes do disco que não saíram como single, tem um explícito sabor que remete ao início da década de noventa.

O álbum rendeu à banda vários prêmios, entre eles, o de Banda Revelação Britânica, abrindo as portas para vários festivais, turnês bem sucedidas e consecutivos álbuns em primeiro lugar nas paradas britânicas, mas “Word Gets Around” foi o início de tudo, e para sempre será lembrado como um dos maiores álbuns britânicos da década de noventa.

Resenha Publicada em 29/07/2011





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