Por Anderson Nascimento
Chegando ao seu segundo álbum autoral, Edu Leal apresenta 13 novas canções e, assim como em “Vida Nova” (2011), se une a convidados especiais para cantar e tocar em seu disco.
Embora as participações especiais abrilhantem o trabalho, é no conjunto de canções instrumentais que o disco se sai melhor. Canções como a delicada “Distraídos Ousaremos!” (Edu Leal), por exemplo, é uma das grandes justificativas disso. Entre outros momentos irrepreensíveis estão “República dos Salames” (Edu Leal) e a singela “Domingo de Chuva” (Edu Leal).
O disco abre com a quase instrumental “Ganhando Dinheiro” (Edu Leal), um baião que traz recorrentes vocalizações de Edu Leal e Roger Troyjo, e passeia por canções em que o arranjo se sobressai, caso da faixa título “Livre” (Vilmar Filho, Edu Leal) e de “Lar, Impossível Lar?” (Edu Leal), Rock de crítica social que traz solo de guitarra e instrumental hipnotizantes.
Entre as participações especiais estão André Frateschi, cantor que se tornou conhecido por ter vencido o reality show Pop Star da Rede Globo, que aqui participa de “Lar, Impossível Lar?”, e “Filó Machado”, que participou também do primeiro álbum do artista, e canta aqui na já citada faixa “Livre”.
O disco passa por diversos estilos, concentrando, no entanto, nos caminhos da música popular brasileira, urdida com um pouco de Jazz.
“Poeira de Estrelas” (Valdir Lira, Edu Leal), que traz o vocal de Anette Camargo, fecha o álbum como uma das melhores canções vocalizadas do disco, e carrega bastante do saudoso mpbístico dos anos 1980.
Produzido pelo próprio artista, o disco conta com a banda de apoio chamada de A Conjuntura, que é formada por Fred Barley (bateria e percussão), Fernando Cardoso (teclados), Maurício Biazzi (baixo elétrico e acústico), Walmer Carvalho (sax e flauta), Sérgio Santos (sax e flauta) e Roger Troyjo (voz).
Visando o mercado gringo, o que se justifica, já que o álbum anterior chamou a atenção também internacionalmente, o disco traz as letras do álbum também vertidas para o idioma Inglês.
“Livre” traz boas canções e momentos de puro talento instrumental. Edu acertou novamente, e vai deixar os seus admiradores contentes com o seu novo rebento.