Por Anderson Nascimento
A banda escocesa Simple Minds completou incríveis quarenta anos em 2017 e, por incrível que pareça, está mais jovem do que nunca em seu novo trabalho “Walk Beteween Worlds”, 18º álbum de estúdio do grupo.
Para quem duvida, tente não se chacoalhar com a matadora “Magic”, single que abre o disco em clima extremamente dançante, mas que carrega também um marcante riff de guitarra. No embalo da abertura a banda emenda “Summer, faixa forte, que a sua letra fácil lhe concede aura de hit. Aliás, um dos grandes atrativos do álbum, além da pegada dançante, são os refrãos, como comprovam canções como “In Dreams”, faixa difícil de não cantar junto.
O único momento em que a banda destoa da proposta inicial do disco é a boa “Barrowland Star”, que tange para um caminho de estrutura mais elaborada, agregando cordas e coros. Mas no geral o disco vai agradando faixa-a-faixa em casos como a hipnotizante “Utopia”, ou ainda o segundo single do disco “The Signal and The Noise”, um dos melhores momentos do álbum.
Entre outros momentos marcantes estão a orgânica faixa título “Walk Between Worlds” e “Sense of Discovery”, último single do álbum, e faixa responsável por me chamar atenção para o novo trabalho do grupo.
O disco possui oito faixas em sua versão standart, mas também saiu uma versão deluxe com mais três faixas bônus, com destaque para a fantasmagórica “Angel Underneath My Skin”, única faixa dessa nova leva com sabor oitentista.
Aos quarenta anos de carreira a banda se mostra moderna, muito embora não figure mais o primeiro panteão do Pop/Rock, o Simple Minds demonstra ousadia e muito bom gosto.