Por Anderson Nascimento
É exatamente assim que deve ser um álbum solo de um artista que tem como o seu trabalho principal o realizado com a sua banda, ou seja, algo diferente, como o é o segundo álbum de Brandon Flowers, vocalista do The Killers.
Nada pode ser mais Pop e delicioso que “Dreams Come True”, faixa que abre o disco. Repleta de texturas, coros e uma letra sensível, a canção sugere um álbum livre de rótulos, e feito para desafogar unicamente a satisfação e criatividade de Flowers.
O álbum é Pop, ora até dançante como em “Can’t Deny My Love” e “I Can Change”. O Killers já apostou na fórmula Pop anteriormente, principalmente no bem sucedido “Day and Age” (2008), mas em “The Desire Effect”, o vocalista do Flowers está mais solto, e ainda mais independente que em seu primeiro trabalho, algo que dificilmente poderia ser feito sob o nome do Killers.
E o disco vai surpreendendo com canções arejadas como “Still Want You”, que dá aula de como criar uma canção que faça o ouvinte sair cantando já na primeira ouvida. Outra surpresa é “Diggin’ Up The Heart”, faixa incrivelmente parecida com a sonoridade feita por Jeff Lyne à frente do ELO nos anos 1980, nem precisa dizer que é uma das mais legais do disco.
No geral “The Desire Effect”é um disco de temática romântica e pessoal, como entrega a ótima “Untangled Love”, e seu grande êxito é a sonoridade diversificada e variada que reverbera ao longo de suas dez canções.
Com incrível número de (até agora) quatro singles pinçados deste disco, e um merecido primeiro lugar nas paradas do Reino Unido, Brandon se supera em termos de carreira solo e entrega um grande disco, para ouvir e reouvir!