Um dos fundadores da Escola de Samba Império Serrano, Mano Décio ficou conhecido pelos sambas-enredo que compôs ao longo de sua carreira. Entre os muitos que defendeu Mano Décio estão os campeões "Tiradentes" (Mano Décio da Viola, Penteado, Estanislau Silva), "Batalha Naval do Riachuelo" (Mano Décio da Viola, Penteado , Molequinho), "Exaltação a Duque de Caxias" (Mano Décio da Viola, Silas de Oliveira e "Medalhas e Brasões" (Mano Décio da Viola, Silas de Oliveira), campeões dos carnavais de 1949, 1951, 1955 e 1960, respectivamente.
Em 1974, porém, aos 65 anos, o cantor e compositor lançou o seu primeiro disco solo como intérprete, que abriu caminho para mais dois outros álbuns. Sua voz rouca e a notável pouca intimidade com gravações como solista são compensadas pelo verdadeiro desfile de grandes composições de Sambas que brilharam em várias épocas, seja em rodas de Samba ou na avenida por onde seus sambas foram defendidos.
Nesse conjunto de Sambas se encontram “Exaltação a Tiradentes” (Mano Décio da Viola, Penteado, Estanislau Silva), Samba campeão do carnaval carioca de 1949, e o clássico “Heróis da Liberdade” (Mano Décio da Viola, Silas de Oliveira, M. Ferreira), até hoje muito popular entre os apreciadores do samba.
Entre outras canções, o disco ainda traz os sucessos “Mano Décio, Ponteia a Viola” (Mano Décio, Waldemiro do Candomblé), “Hora de Chorar” (Mano Décio da Viola, Jorginho Pessanha) e “Obsessão” (Osório Lima, Mano Décio da Viola). Comando Geral” é outro momento interessante, pois cita e envolve em sua letra todos os bambas do Samba que estavam fazendo sucesso na época.
O disco volta ao catálogo graças ao conjunto de reedições colocados recentemente no mercado pelo selo carioca Discobertas, juntamente com outros quatorze títulos que incluem, entre outros, os dois primeiros CDs de Jorginho do Império, filho de Mano Décio.