Resenha do Cd Give Till Its Gone / Ben Harper

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GIVE TILL ITS GONE
BEN HARPER
2011

EMI MUSIC
Por Anderson Nascimento

Seguindo a linha workaholic de artistas como Dave Grohl e Jack White, Ben Harper surpreendeu a todos com a pegada roqueira de seu último álbum “Give Till Its Gone”, soltando logo de cara o single “Rock and Roll Is Free”. De fato a canção e o álbum têm apelo mais calcado no Rock em detrimento ao folk e ao blues, ritmos aos quais o artista é reconhecido.

“Dont Give Up On Me Now”, faixa que abre o disco, revela muito sobre as fontes inspiradoras de Ben Harper durante a criação do disco. A faixa parece beber na fonte do Rock clássico e básico, na linha de bandas como Tom Petty and The Heartbreakers. Esta é uma das melhores músicas do disco.

Já a balada “I Will Not Be Broken” se alinha com a sonoridade mais próxima à dos discos solos de Ben Harper, e que aqui é adornada com uma bela e raivosa guitarra solo que casa perfeitamente com a interpretação vocal do artista.

“Rock and Roll Is Free” foi o primeiro single do álbum e é, de fato, a faixa mais roqueira do disco, tem muito de Neil Young nela, muito barulho e uma letra com potencial de levantar qualquer platéia mundo a fora.

Ben também saúda a sua parceria com o Ringo Starr (Ben participou do ultimo álbum de Ringo, “Y Not”, lançado em 2010) em duas músicas “Spilling Faith” e “Get There From Here”, onde o ex-Beatle participa na batera e na composição das letras. A já conhecida batida cadenciada de Ringo pode ser sentida nessas faixas, o que dá às canções uma sonoridade próxima do Rock básico. Essas duas canções possuem uma ligação o que dá às gravações um aspecto de serem, na verdade, uma grande Jam Session.

Outro grande momento do álbum é a faixa “Clearly Severely”, onde a banda de Harper dá um show à parte, e sua interpretação se mostra irrepreensível, lembrando bem o som o timbre roqueiro praticado nos anos setenta.

Entre outros momentos mais mornos, o álbum encerra com outro grande Rock, a faixa “Do It For You, Do It For Us”, onde seu vocal, de interpretação raivosa, duela com um instrumental competente e incendiário.

Apesar de não conseguir manter o ótimo nível inicial do álbum, Ben Harper entrega um bom disco, que certamente se amolda entre os seus melhores álbuns.

Resenha Publicada em 11/08/2011





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