Resenha do Cd 7 / Ira!

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7
IRA!
1996

DISCOBERTAS
Por Anderson Nascimento

Como quem luta por um prato de comida, o IRA! estréia pela Paradoxx Music com o mais raivoso e pesado disco de sua carreira. A capa da obra já anuncia o que o ouvinte vai encontrar no disquinho.

Lançado em 1996, "7", é um disco sem experimentalismos e focado no rock'n'roll básico. A garageira "Na minha mente" abre o disco apresentando um vocal quase ensandecido de Nasi e um riff que não sai da nossa cabeça, mesmo na primeira audição. O fim da música também é super bacana e mais parece com o fluxo de adrenalina sendo interrompido antes de se espalhar no cérebro.

"Me perco nesse tempo" tem como marca registrada a massa sonora que cobre os vocais de Nasi e Scandurra. O disco prossegue com o "semi-hino" dos IRA! maníacos "É assim que me querem", música que até hoje faz ferver os shows da banda.

A porrada "Que fim levou Paris!" com os soturnos vocais de Nasi prepara o ouvinte para a versão violenta do antigo sucesso na voz do Rei Roberto "Você não serve pra mim" provando que desde sempre, quando o IRA! se propõe a fazer uma cover eles fazem bem feito.

Falando em cover, "Haiô Silver", ganha uma versão de Nasi com banjo, gaita e muita guitarra. "Eu quero sempre mais" nos deixa respirar finalmente remetendo-nos a "Pictures of Lily" do The Who.

E para não dizer que não falei de flores, Edgar Scandurra canta a bela balada "Girassol". Colocando novamente o pé no acelerador e contrastando com "... Como eu sou girassol, você é meu sol...", Nasi canta seu sentimento romântico para com alguém "Te odeio (isso é o amor)".

O disco segue com "Difícil é viver" e nos brinda com mais uma cover, desta vez "The house of rising sun" dos Animals, numa versão muito mais rápida do que a original.

Pra finalizar o disco empunha "Nasci em 62" em versão ao vivo gravada com a participação de Arnaldo Antunes. O único ponto negativo do cd é que a primeira faixa, que é multimídia", é lida pelo cd player, e se você não lembrar de pular, a mesma faz aquela chiadeira.

Hoje este disco tornou-se uma pedra preciosa, difícil de ser encontrado. Fica então a sugestão para que esta pérola seja conhecida pela nova geração que curte IRA! e, sobretudo, o Rock.

Resenha Publicada em 01/01/2002





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