Sempre reconhecida pelo single “Here Without You”, a banda americana 3 Doors Down chega ao seu sexto álbum de estúdio, após cinco anos de hiato. Durante esse tempo muita coisa aconteceu, entre elas a mudança na sua formação, trazendo agora com Chet Roberts na guitarra e Justin Biltonen no baixo, respectivamente nos lugares de Matt Roberts e Todd Harrell.

Há mudanças significativas também no som praticado pelo grupo. Se em “Time of My Life” (2011) o grupo rumou para o lado anticomercial e para uma sonoridade mais pesada, no novo disco o grupo vai completamente para outra direção. O novo trabalho se caracteriza em sua maior parte por canções suaves, redondas e, às vezes, até Pop, tudo isso suportado por convidativos refrãos e faixas curtas.

A faixa de abertura “The Broken” é a típica canção que abre com o objetivo de apresentar as pretensões da banda quanto ao álbum. A canção possui veia pop, com inserções do que parece emular o público ajudando nos versos da canção, algo que deverá funcionar ao vivo.

Logo em seguida vem “In The Dark”, primeiro single do disco, canção que já lembra mais as nuances que caracterizaram a banda, mesmo se levarmos em consideração o riff pop que ornamenta a faixa.

Logo em seguida vem “In The Dark”, primeiro single do disco, canção que já lembra mais as nuances que caracterizaram a banda, mesmo se levarmos em consideração o riff pop que ornamenta a faixa. “Still Alive”, faixa seguinte, é uma das melhores canções do álbum, não por acaso possui pegada mais roqueira, dando o recado em pouco mais de dois minutos, a partir de um bom refrão. Já quem prefere mais as canções redondinhas, “Believe It” e “Living in Your Hell”, que tem potencial pra single, certamente vão agradar.

Se as canções são leves, quase inofensivas, “Inside of Me” ainda consegue ir além, encaixando um pianinho na introdução, até se tornar uma baladona, a maior do disco. “Peace of Me” e a tenra “Fell From The Moon”, que fecha o disco, também seguem essa linha.

Embora não seja nada espetacular, o disco acaba ganhando o ouvinte pela diversão que canções como “I Don’t Wanna Know”, “Love is a Lie” e, principalmente, a faixa título “Us and The Night” propõem, algo completamente diferente do que a capa e o nome do álbum sugerem, são momentos bacanas, não há como negar.

Com um Rock acessível, que tende ao Pop, “Us And The Night” certamente vai cumprir as expectativas dos fãs que já aguardavam há meia década por um novo trabalho de inéditas do grupo.