Não digo que foi uma unanimidade, mas o novo do Iron Maiden foi um dos poucos discos a figurar em quase todas as listas de colaboradores. Conceitual, o disco duplo lançado pelo Maiden é repleto de nuances que vão de riffs marcantes ao Heavy Metal radiofônico, passando por baladas e canções memoráveis. Há tempos o grupo não lançava um trabalho tão bom.

O segundo disco de Noel Gallagher and The High Flying Birds, traz uma série de texturas que vão lembrar os seus tempos de Oasis. O disco traz boas canções, além de ter se saído muito bem em termos de vendagens e crítica. Reconhecidamente mais baladeiro, Noel apresenta poucos Rocks ao longo deste novo disco, mesmo assim, ele nem sempre soa pungente, o que faz deste o melhor trabalho de Noel fora de sua antiga banda.

Em seu segundo álbum de estúdio, Gary Clarck Jr. mergulha fundo em suas primeiras influências e lembranças musicais, buscando tanto a liberdade e o sentimento de contemplação e descoberta na feitura das músicas do álbum, numa reminiscência direta de quando ele tinha doze anos e começou a escutar música com mais atenção. “The Story of Sonny Boy Slim” é um disco para ser ouvido do começo ao fim, não é nenhum álbum conceitual, as músicas funcionam independente uma das outras, mas é enriquecedor ouvir o álbum como um todo. O disco é uma das obras contemporâneas mais coesas e cheias de propostas para o futuro.

Em “25” os temas das músicas giram em torno de relações pessoais e paixões, a voz de Adele continua poderosa com muito Soul e capaz de prender a atenção do ouvinte do começo ao fim. O terceiro álbum da cantora inglesa foi considerado como o disco mais aguardado do ano, se saiu bem nas críticas e nas vendas em todo o mundo, embora no geral tenha sido apontado como apenas suficiente de uma maneira geral, talvez a expectativa e pressão por um novo êxito como o alcançado nos álbuns anteriores possam ter atrapalhado, ainda assim o disco vem aparecendo em diversas listas de melhores do ano, como esta aqui.

Quarto álbum solo de David Gilmour, “Rattle The Lock”, chega quase um ano após Guilmour e Nick Mason, lançarem “The Endless River”, o último e final álbum do Pink Floyd, usando músicas inacabadas de Richard Wright. Conhecido pelo seu bom gosto musical, e dono de um timbre de guitarra que se reconhece já na primeira nota tocada, Gilmour despejou nesse novo álbum solo quase uma síntese de seu trabalho até agora. O disco vai crescendo a cada audição, nos deixando maravilhados com detalhes, aqui e ali, que aos poucos vamos percebendo.