Foto: Carol Friedman

O próximo concerto da 'Série Internacional' dos Concertos Paulínia 2010 tem como atração ninguém menos que a soprano Jessye Norman, que volta a cantar no Brasil. Desta vez, a diva deixa de lado o repertório operístico que a consagrou e dedica-se a um passeio pela tradição da música negra americana, em recital voz-e-piano que tem uma série de 'negro spirituals', as canções afro-americanas criadas durante os anos da escravidão, passa por canções de Duke Ellington e Cole Porter e termina com dois temas da ópera Carmen, de Bizet. O esperadíssimo concerto acontece no Theatro Municipal de Paulínia no domingo 24 de Outubro, às 20 horas.

Acompanhada pelo pianista Mark Markham, a soprano JESSYE NORMAN presta tributo à herança da canção afro-americana

Os anunciados concertos no Brasil da diva Jessye Norman há quase dez anos não aconteceram. Em 2001, o motivo de sua não vinda foram os atentados terroristas às Torres Gêmeas do WTC de Nova York. Em 2002, uma grave conjuntivite fez com que a cantora acabasse não embarcando para o Brasil, como previsto.

Agora, depois de longos período afastada dos palcos e dos estúdios de gravação, e vivendo uma nova fase em sua vitoriosa carreira, desta vez Jessye Norman finalmente vai se apresentar em palcos brasileiros. Serão apenas cinco apresentações no País, e o público paulinense terá o privilégio de uma delas: acompanhada pelo pianista Mark Markham, ela faz um recital no magnífico Theatro Municipal de Paulínia no domingo dia 24 de Outubro.

Uma das mais importantes figuras do canto lírico internacional, com um repertório bastante amplo, que cobre estilos bastante variados, Jessye Norman – 65 anos completados no último dia 15 de Setembro – é cantora premiadíssima. Além de dezenas de premiações recebidas por seus discos e atividade musical (incluindo Grammy Lifetime Achievement Award, que recebeu em 2006), ela recebeu distinções como o Kennedy Center Honors (1997), o mais importante prêmio das artes cênicas dos Estados Unidos, e como o título de Comendadora da Ordem das Artes e das Letras (1984), pelo governo francês. No ano passado, 2009, o presidente Barack Obama concedeu a ela a prestigiosa Medalha Nacional das Artes.