Endereço: Av. Prefeito José Lozano de Araújo 1551, Paulínia - SP
O próximo concerto da "Série Solistas de Paulínia" será, uma vez mais, "temático": no programa, obras de um único compositor, o gênio do romantismo Robert Schumann. São duas as peças: o Quarteto para piano e cordas op. 44 e o Quinteto nº 1 para piano e cordas op. 47. Para execução dessas duas obras-primas do repertório de câmara, os Solistas de Paulínia recebem dois convidados muito especiais: a pianista israelense Roglit Ishay e o violinista Cláudio Cruz. O grupo que sobe ao palco para tocar o Quarteto op. 44 é Roglit Ishay, piano; Cláudio Cruz, violino; Horácio Schaefer, viola; e Roberto Ring, violoncelo. Para tocar o Quinteto op. 47, junta-se aos quatro o violinista Adrian Petrutiu, violino.
O concerto é gratuito e acontece no domingo 10 de Outubro, às 18 horas, no Theatro Municipal de Paulínia.
Prêmios na Áustria e na Itália – A pianista Roglit Ishay apresenta-se com frequência como solista de orquestras como Staatskapelle de Dresden, Filarmônica de Dresden, BBC Scottish Symphony Orchestra e a Orquestra do Nationaltheater-Mannheim. Como camerista, apresenta-se junto aos músicos do Beaux-Arts-Trio e dos quartetos Alban Berg, Guarneri, Leipzig e Cherubini. Frequentemente é convidada para participar de prestigiosos festivais, tais como Marlboro Music Festival, Berlin Festpiele, Dresdner Musikfestspiele, Moritzburg Festival, Cyprus Festival e Dartington Festival. Apresenta-se em duo com músicos como Peter Bruns, Tatjana Masurenko, Kai Vogler, Hillel Zori, Ariadne Daskalakis, Mira Wang e Ann-Katrin Naidu. Em sua discografia há várias gravações de música de câmara; música solo de Dvorák, a obra completa de Schubert e Schumann, Fauré e Bloch para violoncelo e piano (com violoncelista Peter Bruns), o trabalho completo de Reger para clarineta e piano (com o clarinetista Ron Chen-Tzion), assim como gravações em duo com os violinistas Ariadne Daskalakis (ciclo de sonatas de Joachim Raff), Kai Vogler e Mira Wang. Roglit Ishay é fundadora e diretora artística do “Musica Mundi Frakfurt”, uma nova série de concerto no Alte Oper Frankfurt. Desde 2000 participa do corpo docente da Musikhochschule em Cologne, ministra masterclasses na Alemanha, Israel e Reino Unido.
As obras do programa
- Schumann, Quarteto para piano e cordas em mi bemol maior op. 44 – Para Schumann, 1842 é chamado "o ano da música de câmara": em menos de seis meses, em uma explosão incrível de criatividade, ele escreveu três quartetos de cordas, um quinteto para piano e cordas e um quarteto para piano e cordas. Embora frequentemente ofuscado pela exuberância do Quinteto para piano Op. 44, o quarteto não é de modo nenhum inferior ao "irmão mais famoso". O movimento de abertura é pleno de fogo e intensidade. O segundo movimento evoca os scherzos de Mendelssohn, um dos ídolos musicais de Schumann. O terceiro movimento, absolutamente encantador, é o coração da obra. E o final traz todos os temas organizados de modo empolgante.
- Schumann, Quinteto para piano e cordas nº 1 em mi bemol maior op. 47 – Esta é uma das peças mais queridas de todo o repertório da música de câmara, que desperta sempre grande admiração não apenas por sua originalidade e seu poder de sedução, que parece crescer a cada movimento, mas também por sua sonoridade de grande beleza, que o compositor alcança através do perfeito equilíbrio entre o piano e o quarteto de cordas. Este quinteto, dedicado à sua amada esposa Clara Schumann, foi escrito em 1842, no curtíssimo espaço de apenas cinco dias. Na obra,
Schumann surpreende com o acréscimo de um piano a um quarteto de cordas clássico (dois violinos, viola e violoncelo) e por tratar o todo como um único instrumento sonoro. O movimento final é verdadeiramente emocionante!