foto: Luis Couto

Jorge Ben Jor já tem data certa para retornar ao Rio Grande do Sul. Toda a mistura sonora feita pelo compositor carioca vai estar no palco do Teatro do Sesi, no próximo dia 4 de maio. E um dia antes ele se apresenta no Gran Palazzo, em Passo Fundo. Após dois anos longe do estado, Jorge Ben voltará para dar continuidade à turnê do álbum “Recuerdos de Asuncíon 433”, que conta com material gravado entre o final dos anos 70 e início dos 80. No repertório, muito samba rock e hits como “A Banda do Zé Pretinho”, “W/Brasil”, “Ponta de Lança Africano”, “Jorge da Capadócia” e outras tantas. Tudo isso para animar a festa com o que a música brasileira tem de melhor. Imperdível, né?

JORGE BEN JOR

Sem bula e sem contraindicações, assim é a obra de Jorge Ben Jor. Ele se interessou pela música quando a bossa nova ainda dominava o cenário artístico brasileiro. Como a maioria dos adolescentes daqueles tempos, seu ídolo era João Gilberto. Mas Ben Jor passou a infância ouvindo a sanfona de Luiz Gonzaga e o samba de Ataulfo Alves. E isso ele levaria para o resto da vida.

Em 1963, Jorge Ben Jor explodiu com a música “Mas Que Nada” e logo em seguida ratificou seu talento com outro grande sucesso, “Chove Chuva”. Duas canções que nada tinham a ver com a bossa nova, nem com o samba tradicional. Os puristas achavam que sua música era moderna demais. Era difícil para os músicos da época acompanhá-lo, tanto que seus primeiros discos foram gravados com um conjunto que tocava jazz no Beco das Garrafas, o Meireles e os Copa 5.

Assim, desde o início de sua carreira, Ben Jor mostrou-se inovador. Como compositor, cantor, músico, e arranjador Ben Jor é único. É impossível classificar sua música e seu balanço, que são inconfundíveis. Mas “esse samba que é misto de maracatu”, marca registrada de Jorge Ben Jor, encontrou espaço no mundo todo e tornou-se sucesso universal. Ele é a única unanimidade brasileira. Respeitado e acolhido com carinho por todos os artistas, em todos os movimentos musicais, desde o pós-bossa nova até nossos dias.

Jorge é o único compositor a ser gravado por artistas de todas as correntes musicais. “Mas Que Nada” está registrada nas vozes de Ella Fitzgerald, Dizzie Gilespie, Julio Iglesias, e em centenas de outras gravações de cantores e grupos musicais. Quando a MPB eclodiu como movimento da elite musical brasileira, Eli Regina imortalizou “Zazueira.” Jair Rodrigues gravou “Papa Gira”. Na mesma época, um jovem cantor chamado Wilson Simonal despontou para o êxito em todas as rádios com o supersucesso “País Tropical”, exaltando a alegria e o prazer de ser brasileiro.

Durante os anos 80, ele desfilou seu talento para as plateias europeias e asiáticas, em festivais de jazz e de world music, conquistando mercados onde, por imposição de contratantes, é obrigado a realizar pelo menos uma grande turnê anual. E em meados dos anos 90 ele homenageou Tim Maia com o megassucesso “W/Brasil”. Foi o retorno triunfal de Ben Jor às paradas. Novos fãs, outra geração vibrou com o ritmo alucinante e dançante da Banda do Zé Pretinho, que acompanha Jorge desde o início de sua carreira.

Desde 2000 seus shows nos Estados Unidos, onde se apresenta regularmente, vêm conquistando uma grande parcela do público norte-americano. E por aqui seus discos continuam sendo relançados em inúmeras coleções. A novidade é que em breve teremos um novo álbum, com músicas inéditas. Enquanto isso, a unanimidade de Jorge Ben Jor é sempre bem vinda e aguardada nos palcos de todo o Brasil.

Onde:
Teatro do Sesi (Avenida Assis Brasil, 8787)

Quando:
4 de maio, sábado, às 21h
Classificação:
16 anos

Ingressos:
Cadeira Premium: R$ 220
Plateia Alta: R$ 120
Plateia Baixa: R$ 130
Mezanino: R$ 110

Pontos de venda:
My Ticket Centro: Rua dos Andradas, 1425/Loja 69. De segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, e sábados, das 9h às 14h

My Ticket Moinhos de Vento: Rua Padre Chagas, 327/Loja 6. De segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, e sábados, das 10h às 15h
Online: www.ingressos.com.br