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Programa Ídolos proporciona momento histórico


Postado em 24/09/2010

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Iniciativas como a da Rede Record de bancar um programa como “Ídolos”, que encerrou ontem (24/09) a sua terceira temporada na emissora, são louváveis e deveriam servir de exemplo para que outras emissoras também dessem a importância que a música merece.Muito mais relevante do que o resultado final, que incluía na disputa o cantor sertanejo mirim Israel e o guerreiro cantor Tom Black, alinhado com tons da Soul Music, é a forma como o programa conduziu a música durante toda a sua atual temporada.

Repertórios variados, análises técnicas por parte dos bons e cascudos jurados, e as participações especiais de grandes nomes da música, ditaram o tom de um programa que, se não é o Ideal com relação à música em geral, está muito próximo disso.

Parte disso pôde ser conferido no programa de ontem, com ilustríssimas participações dos cantores Daniel, Ed Mota e Billy Paul. Os convidados, ora dividiram o microfone com os candidatos a ídolos, ora desfilaram canções em momentos solo, mas em qualquer dos formatos, abrilhantaram ainda mais o programa, encerrando com chave de ouro a temporada.

Além disso, a produção do programa proporcionou aos telespectadores um momento histórico da TV brasileira ao juntar na mesma apresentação, os cantores Ed Motta e Billy Paul, na interpretação de “Your Song”, clássico de Elton John que ganhou roupagem completamente pessoal de Billy Paul, tornando-se um dos maiores sucessos da carreira do cantor nova-iorquino.

Em um programa onde quem recebe mais votos é o novo ídolo do Brasil, os candidatos que disputaram a final realmente fizeram jus à condição de finalistas, o garoto Israel acabou se consagrando como grande vencedor, mas independente disso, pelo menos os quatro finalistas, incluindo-se aí a cantora Nise, única representante do Rock, e o Pop Chay Suede, deverão seguir bem em suas carreiras e atuar como profissionais, ou seja, o programa acaba proporcionando uma diversificação e aumentando o número de artistas de nossa música.

É claro que, como apreciadores de música que somos, gostaríamos que rolassem programas que estimulassem o aparecimento de novos compositores, ou ainda, algo em torno do Rock ou surgimentos de novas bandas, mas aí já é outra história. Em um país onde a TV aberta é escassa de programações voltadas para a cultura geral e para a música, o programa Ídolos acaba sendo uma das poucas oportunidades de renovação e surgimento de novos talentos, e por isso, a Record e a produção do programa Ídolos estão de parabéns!




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