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CRÍTICA: SUPERSTAR


Postado em 13/07/2015

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Por Anderson Nascimento

A segunda temporada do programa global “SuperStar” chega ao fim revelando mais alguns talentos incrustados no cenário independente nacional. Embora os campeões “Lucas & Orelha”, não sejam exatamente uma banda, algo estranho em se tratando do formato do programa, há de se convir que os jovens artistas possuem talento e têm grande chance de despontar no mercado musical brasileiro.

O Rock novamente foi agraciado com as ótimas Scalene e Versalle, que já estão colhendo os frutos da exposição ao longo do programa, enquanto as grandes novidades ficaram por conta dos simpáticos “Dois Africanos”.

Em relação ao programa, o mesmo continua carecendo de uma melhor formatação em relação às regras, que mudam constantemente, ao confuso papel dos “padrinhos”, e quanto aos artistas e as canções que são apresentadas.

O que quero dizer na verdade é que muitos artistas que participam do programa estão ali apenas para “vender” seus shows. Como poderíamos determinar que uma banda “SuperStar” fosse essencialmente um grupo de covers? O que isso agregaria ao nosso cenário musical se um desses grupos ganhasse a competição? Nada contra esses trabalhos, mas a partir do momento em que não há proposta musical autoral, não há sentido destes se apresentarem na atração.

Esse é outro ponto importante no que diz respeito às canções apresentadas no programa. Muitas vezes trabalhos autorais são preteridos justamente por estarem concorrendo com músicas conhecidas, o que notavelmente é uma desvantagem, já que a tendência é que os votantes estejam mais propensos a votarem nas apresentações com canções conhecidas.

Além disso, todos devem ainda se lembrar da participação um tanto constrangedora da ótima banda mineira “Tianastácia” no início do programa. A banda, além de já ter tido um grande reconhecimento nacional há alguns anos, teve que ouvir dos jurados que eles já eram um “SuperStar” e que não precisavam do programa. Então por que não há regras que limem de antemão grupos com tal status?

Ainda quanto ao início do programa, os novos jurados também mandaram muito mal. Comentários vazios, insistências em assuntos irrelevantes e enrolação foram percebidos ao longo dos primeiros episódios do programa. A luz amarela deve ter acendido e esse quesito foi melhorado na sequência da atração.

Entre erros e acertos, volto a dizer que o “SuperStar” é uma boa atração televisiva para o fim do domingo, perfazendo uma ótima oportunidade para artistas mostrarem seus trabalhos, e para o povo interessado em música descobrir novos talentos.

Só gostaria que o formato do programa fosse definido anteriormente com um pouco mais de rigidez e com mais seriedade. De qualquer maneira, a música tem sido tão subvalorizada na TV aberta, que qualquer iniciativa nessa instância se torna válida. Que venha a próxima temporada.





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