A noite de 19 de novembro de 2011, testemunhou uma apresentação de gala no sentido mais romântico da coisa. Era o show de lançamento de seu novo disco “Nosso Samba Tá Na Rua”, primeiro de inéditas em quinze anos, que traz a participação do produtor Rildo Hora, que não produzia um, disco da cantora desde 1984.

E o show provou que o disco fora preparado com muito cuidado e dedicação, já que todos os seus quinze sambas gravados no álbum fizeram parte do espetáculo. O apresentação mostrou a potência de sambas como “Nosso Samba Tá Na Rua”, “Tambor” e “Arrasta A Sandália” (canção co-escrita por sua filha Luana Carvalho), que representaram a sequência de abertura do show.

O primeiro sucesso da noite foi “Sonho Meu”, canção de Ivone Lara, cantora que completou noventa anos em 2011, e qual o disco e show foram dedicados, o público, que lotou toda a parte inferior da casa, cantou acompanhou Beth cantando serenamente.

Outro momento bonito foi a performance da canção “Minha História”, antiga canção de Chico Buarque, que manteve o tom dramático na belíssima interpretação de Beth, incorporando de forma perfeita a canção ao seu jeito único de cantar. Falando nisso, Beth ainda reafirmou a sua perfeição vocal, soltando a voz de forma brilhante ao longo do show, principalmente quando ela derramou carga dramática à canções como “Coisa de Pele”, música de Jorge Aragão e Acyr Marques, que representou outro momento de ovação na noite de sábado.

“Palavras Malditas”, canção de Nelson Cavaquinho, outro dos homenageados da noite, abriu alas para, pouco depois, seguirem vários sambas da escola de samba Mangueira. Contudo, a grande surpresa da noite foi o momento onde Beth Carvalho homenageava o bloco “Cacique de Ramos”, ao qual foi adornado com a presença de Zeca Pagodinho, um dos afilhados da grande madrinha, que juntos entoaram a primeira composição de sucesso de Zeca “Camarão que Dorme a Onda Leva”, e, logo depois, “Deixa a Vida Me Levar”, levando a platéia ao completo deleite.

O hit “Vou Festejar”, que encerrou a primeira parte do show, foi outro momento de uníssono acompanhamento do público, que logo se sentou para acompanhar atentamente a emocionante “As Rosas Não Falam”, que com belíssimo trabalho de produção, foi acompanhada por fotos do mestre Cartola, sobrepondo-se à Beth e aos músicos que estavam no palco, incrível. Beth então novamente colocou todos para dançar ao som de “Coisinha do Pai”, encerrando o show com “Água de Chuva No Mar”.

Uma noite realmente inesquecível, que deveria ser assistida por todos aqueles que tencionam fazer Samba nos dias de hoje, para que estes saibam que o Samba não deveria perder o romantismo jamais.