1° - SNEGSSOM NOSSO DE CADA DIA, O
1977
Por Lucas Vieira
Lançado quatro anos após a formação da banda, o trio Pedrão, Manito e Pedrinho gravou um verdadeiro petardo do rock nacional. Snegs, ao longo de suas 6 faixas e quase 30 minutos de duração, mostra-se um disco muito interessante e criativo, embora merecesse uma produção melhor. Algumas canções, como "Sinal da Paranóia" e "Snegs de Biufrais", trazem letras que dizem muito do sentimento dos jovens da época. "Bicho do Mato" tem um estilo mais hard rock e fala de valores contrários aos da sociedade da época, como abandonar o concreto da cidade e jogar-se na paz da natureza. "Direccion de Aquarius", tem uma parte instrumental bem psicodélica e acústica, com uma letra bastante viajante, misturando espanhol e inglês. A banda se apresenta com a canção "Som Nosso de Cada Dia", dizendo como e porque o som deles era daquela forma. Apesar da obra completa ser muito boa, o destaque do disco é "Massavilha", em sua maior parte instrumental, com o ótimo desempenho de Manito nas teclas e o vocal com um feeling espetacular.
2° - MUTANTES E SEUS COMETAS NO PAÍS DOS BAURETSMUTANTES, OS
1972
Por Lucas Vieira
O penúltimo disco gravado pelo grupo em sua formação original, trouxe o característico rock bem humorado do grupo com a produção do tecladista Arnaldo Baptista e a famosa capa psicodélica. O humor irreverente do grupo já é notado na abertura, com a música "Posso Perder Minha Mulher, Minha Mãe, Desde Que Eu Tenha Meu Rock'n'Roll", que carrega a influência do rock dos anos 50. O álbum traz canções pesadas como "A Hora e a Vez do Cabelo Nascer", "Dunne Buggy" e "Beijo Exagerado". Estilos diferentes são vistos na belíssima "Vida de Cachorro" e em "Cantor de Mambo". O álbum ainda tem o grande clássico "Balada do Louco" e "Mutantes e Seus Cometas no País dos Baurets", o primeiro pé da banda no rock progressivo.
3° - CRIATURAS DA NOITETERÇO, O
1975
Por Lucas Vieira
A obra prima do Terço em sua formação clássica, consolidou o sucesso da banda. A canção "Hey Amigo", do ex-integrante e então colaborador César de Mercês, explodiu nas rádios de todo o país com sua melodia no melhor estilo do Deep Purple e a letra sobre amizade. O disco traz canções pesadas, como "Volte na Próxima Semana" e "Pano de Fundo", outras mais calmas - influênciadas pelo rock rural - , como "Jogo das Pedras" e a faixa título, que foi feita em parceria do grande Luís Carlos Sá, um dos expoentes do estilo. O lado mais progressivo é representado pela instrumental "Pano de Fundo", do baterista Luiz Moreno e a suíte "1974", também um destaque.
4° - TUDO FOI FEITO PELO SOLMUTANTES, OS
1975
Por Lucas Vieira
Somente com Sérgio Dias da formação original, o clássico disco da fase progressiva d'Os Mutantes foi feito na Serra da Cantareira à base de muita maconha e LSD. Ali a banda fazia ensaios longos, sob supervisão de Cláudio César Baptista (CCDB), engenheiro de som da banda. O disco foi feito com muita influência do Yes, apresentada ao grupo por Lúcia Turnbull e muito ouvida pelo Sérgio. Grande sons desse álbum são "Deixe Entrar um Pouco D’Água no Quintal", "Eu Só Penso em Te Ajudar" e "O Contrário de Nada É Nada". Curiosamente, muita coisa desse disco foi feita em parceria com o ex-baixista Liminha, que antes da gravação do álbum saiu da banda.
5° - CASA DE ROCKCASA DAS MÁQUINAS, A
1976
Por Lucas Vieira
Em seu terceiro álbum, o Casa das Máquinas investiu num rock mais cru e pesado, sem músicas flower power como o primeiro disco e muito menos progressivas como em Lar das Maravilhas, é rock do início ao fim. O disco foi sucesso na época e rendeu ao grupo um clipe no fantástico com a música "Casa de Rock", onde a banda toca em um lugar semelhante a uma fábrica. O disco traz faixas onde notamos a qualidade dos músicos, principalmente "Londres", onde Piska faz uma linha de guitarra fenomenal. Destaques para "Dr. Medo", "Jogue Tudo Para a Cabeça", "Stress" e "Sonho de Vagabundo".