Estive ontem (23/01) no evento de lançamento do livro “1973 – O Ano Que Reinventou a MPB” que aconteceu na Livraria Travessa, no Leblon. Além de ter tido a oportunidade de conhecer pessoalmente pessoas – todos muito simpáticos - que antes eu só conhecia através de textos musicais publicados em jornais, revistas, internet, e nos sempre informativos textos que acompanham os discos, foi bacana também sentir a atmosfera de um lugar onde a música era o convidado principal.
Já lendo o livro (que me perdoem os livros que eu precisei ativar o “pause”), percebo que a obra é composta de todos os elementos que nós, colecionadores e admiradores da boa música, adoramos.
A começar pelo objetivo principal do livro, que é o de compilar os grandes lançamentos de 1973 e, definitivamente, sedimentar a produção musical desse ano chave para a música popular brasileira.
Outro aspecto importante, e que torna esse livro tão especial, é a forma como os textos foram construídos, levando em consideração todo o tipo de argumento, seja ele histórico, pessoal, sentimental, e até técnico, fato que torna a leitura de cada capítulo (ou álbum) uma aventura desbravadora de curiosidades e fatos que farão com que você jamais ouça esses álbuns da mesma maneira.
De leitura leve, rápida e prazerosa, não é surpresa que queiramos (re)ouvir cada um dos cinquenta livros abordados, da melhor maneira possível para um fã da música: leia o livro e ouça o disco!
Iniciativas como essa, de organizar, escrever e lançar uma obra desse porte é o combustível que a máquina precisa pra continuar a funcionar. Por mais que ande combalido nos dias de hoje, o conceito “álbum” se torna ainda mais lúdico quando olhamos para trás e encontramos um período tão fértil para a música, com artistas inspirados, dizendo o que gostariam de dizer (às vezes, mesmo sem poder) para quem quisesse ouvir.
Vou lhes dizer, tá difícil para de ler!