Artista do Mês - 07/2011
TUBARÃO 75A nossa Banda do Mês de julho vem do Rio Grande do Sul e traz um enérgico som calcado em influências dos Rock anos sessenta e setenta. Algo que chamou a atenção na banda é a forma como eles constroem suas canções, unindo vários elementos poderosos ao seu som, o que logo associa a banda ao que há de mais legal no legítimo Rock and Roll. A banda ainda concedeu uma entrevista para o Galeria Musical e disponibilizou 5 Kits para sorteio em nosso site. Então, preparem-se para conhecer o Tubarão 75!
Conheça o Artista
- TUBARÃO 75
2011
Por Anderson Nascimento
Com riffs bem definidos e muita disposição para o Rock a banda gaucha “Tubarão 75” abre o seu primeiro disco despejando o mais puro Rock and Roll destilado através de influências de suas mais variadas vertentes.
A forma simples como o “Tubarão 75” aborda o Rock é uma das maiores virtudes da banda. Para se ter uma ideia, cabe uma comparação com o som dos conterrâneos do “Cachorro Grande” e com a banda carioca “Autoramas”, a qual faixas como “O Som do Papel” e “O Concerto Acabou” faz lembrar.
Desde o nome até grande parte da pegada sonora da banda, nota-se uma explícita influência do “Hardão” dos anos setenta, a saber, riffs bem definidos, muita guitarra e vocal rasgado. Em outros momentos a banda também bebe do Rock alternativo da segunda metade dos anos sessenta, urdindo em um só caldeirão banda como “The Kinks” e “The Zombies”. A canção “Vamos Ficar Aqui” dá um belo exemplo disso ao juntar um refrão marcante com um som agitado e dançante.
A forma como as canções vão evoluindo ao longo de suas execuções, é outra característica da banda. Na segunda faixa do disco, “Caos e Loucura”, a banda constrói o Rock aos poucos e consegue atingir o ápice do caos, como a própria banda sabiamente cita na letra da música. Essa pegada pouco formatada agrega um diferencial ao som da banda, o que ocorre em outros momentos na sequência do álbum, caso da empolgante “Procura-se Eu”.
As distorções espalhadas pelo álbum remetem diretamente aos anos setenta, e alguns clichês são muito bem aproveitados pela banda, como ocorre várias vezes na bombada “Tinta Negra” ou ainda na boa “Os Invernos”.
Apesar de não ser exatamente uma balada, algo na verdade não explorado no disco, “Idas e Vindas”, desacelera um pouco o ritmo do álbum, e traz uma beleza melódica fantástica, conseguindo ser melancólica e pungente ao mesmo tempo.
Mas o melhor momento do álbum é “Olhar Negro”, música de letra inteligente e apelo roqueiro, inclusive adornada com belos riffs de guitarra e uma bela base que emula um pianinho a lá Jerry Lee Lewis, uma daquelas canções viciantes que certamente deve ser o grande momento das apresentações da banda.
A banda ainda passa por momentos dançantes que emulam ritmos dançantes como Funk e a Disco, e passeia pelo blues em “Todas as Manhãs”, canção que fecha o álbum deixando a impressão que a banda consegue divertir o ouvinte e se divertir ao mesmo tempo.
O disco de estreia do grupo gaucho é mais uma grata surpresa que aponta para uma cena forte e militante, tendo o Rock como grande finalidade. Se você estiver a fim de ouvir um Rock and Roll de verdade ouça a banda Tubarão 75!
A forma simples como o “Tubarão 75” aborda o Rock é uma das maiores virtudes da banda. Para se ter uma ideia, cabe uma comparação com o som dos conterrâneos do “Cachorro Grande” e com a banda carioca “Autoramas”, a qual faixas como “O Som do Papel” e “O Concerto Acabou” faz lembrar.
Desde o nome até grande parte da pegada sonora da banda, nota-se uma explícita influência do “Hardão” dos anos setenta, a saber, riffs bem definidos, muita guitarra e vocal rasgado. Em outros momentos a banda também bebe do Rock alternativo da segunda metade dos anos sessenta, urdindo em um só caldeirão banda como “The Kinks” e “The Zombies”. A canção “Vamos Ficar Aqui” dá um belo exemplo disso ao juntar um refrão marcante com um som agitado e dançante.
A forma como as canções vão evoluindo ao longo de suas execuções, é outra característica da banda. Na segunda faixa do disco, “Caos e Loucura”, a banda constrói o Rock aos poucos e consegue atingir o ápice do caos, como a própria banda sabiamente cita na letra da música. Essa pegada pouco formatada agrega um diferencial ao som da banda, o que ocorre em outros momentos na sequência do álbum, caso da empolgante “Procura-se Eu”.
As distorções espalhadas pelo álbum remetem diretamente aos anos setenta, e alguns clichês são muito bem aproveitados pela banda, como ocorre várias vezes na bombada “Tinta Negra” ou ainda na boa “Os Invernos”.
Apesar de não ser exatamente uma balada, algo na verdade não explorado no disco, “Idas e Vindas”, desacelera um pouco o ritmo do álbum, e traz uma beleza melódica fantástica, conseguindo ser melancólica e pungente ao mesmo tempo.
Mas o melhor momento do álbum é “Olhar Negro”, música de letra inteligente e apelo roqueiro, inclusive adornada com belos riffs de guitarra e uma bela base que emula um pianinho a lá Jerry Lee Lewis, uma daquelas canções viciantes que certamente deve ser o grande momento das apresentações da banda.
A banda ainda passa por momentos dançantes que emulam ritmos dançantes como Funk e a Disco, e passeia pelo blues em “Todas as Manhãs”, canção que fecha o álbum deixando a impressão que a banda consegue divertir o ouvinte e se divertir ao mesmo tempo.
O disco de estreia do grupo gaucho é mais uma grata surpresa que aponta para uma cena forte e militante, tendo o Rock como grande finalidade. Se você estiver a fim de ouvir um Rock and Roll de verdade ouça a banda Tubarão 75!
Contatos
- Integrantes: André Elias, Leandro Menguer, Patrick Bordin, Rafael Corso, Felipe Balen, Felipe Dalpiccolli
Site: http://www.myspace.com/tubarao75
MySpace: http://www.myspace.com/tubarao75
Facebook: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=51050857
Twitter: http://www.twitter.com/tubarao75
E-Mail: [email protected]
Tels: (54) 9949 2860
Entrevista
GM - Primeiramente, de onde vem o nome da banda?
Antes de mais nada gostaria de agradecer a oportunidade de estarmos divulgando nosso trabalho a todos os internautas e leitores do galeria musical.
O nome da banda surgiu numa conversa de Bar, onde nos reunimos para trocar uma idéia sobre musica, repertório para show e também o nome para a banda, o que julgo ser uma das coisas mais difíceis a se definir........e nessa conversa começamos a falar sobre bandas cujo nomes possuem relação com carros, motor, velocidade, força, potência..... que é a cara do Rock, e começamos a citar alguns nomes de carros e mencionamos o lendário Chevette Tubarão, e no mesmo instante começaram a surgir as coincidências como o ano clássico do carro ser 75, a metade da década a qual mais nos influencia musicalmente, juntamente com o Filme Tubarão deste mesmo período e por ser realmente um nome diferente, a palavra Tubarão também esta ligada a força......
GM - Apesar do som ser explicitamente inspirado nos anos 70, achei o som atualíssimo. Houve alguma preocupação da banda em não soar retrô demais?
Nossa principal preocupação foi em buscar os timbres que realmente gostamos, para isso usamos instrumentos e amplificadores antigos e sempre que podemos levamos isso para os shows também. Entretanto quanto as composições elas foram nascendo de uma forma em que compúnhamos os arranjos nos ensaios, ou seja com todos os integrantes, por isso se percebe a grande quantidade de influencias nas musicas, algumas musicas foram se modificando até o ultimo momento da gravação, como por exemplo a musica “Todas as Manhãs” que acabamos colocando a gaita de boca como teste e que acabou soando de forma bem interessante sendo inclusive a introdução da musica.
GM - Senti alguma referência aos conterrâneos do Cachorro Grande, a banda é uma referência?
Eles são uma verdadeira enciclopédia do rock..........realmente gostamos da banda, porem acho que o nosso som parte de referencias sessentistas como o som deles, porem trafega por estradas setentistas diferenciadas, utilizamos um pouco mais de influencias do Disco e do Funk.
GM - Quais são as principais referências sonoras da banda?
Os clássicos do rock em geral e bandas mais recentes como Kings of Leon, Queens of the Stone Age, Franz Ferdinand, The Music e por ai vai......
GM - Vejo a cena do Sul inspiradíssima, mesmo deixando de lado os modismos, bandas como a Tubarão 75 fazem Rock de verdade. Qual o fator motivador para o Rock se fazer tão presente assim no som do Sul?
Eu acredito que a cena aqui seja forte pelo fato de existir muitas bandas a fim de fazer musica própria e algumas delas chegam a se manter financeiramente realizando shows apenas aqui no sul, mas apesar de ser forte ainda considero pequena pela grande quantidade de bandas com musicas de ótima qualidade existente, quando tocamos em festivais sempre acabamos conhecendo bandas novas com músicos talentosos e de muito bom gosto. Mas como em qualquer outro lugar do Brasil o rock de verdade tem muito mais dificuldade de penetrar na mídia de grande massa.
GM - Acho "Olhar Negro" um Rock arrebatador, acima de tudo melódico. Como foi que a banda conseguiu chegar nesse nível de maturidade musical já no primeiro disco?
Olhar Negro é uma composição antiga minha (Patrick Bordin) e do André Elias que veio passando por adaptações nos arranjos com os outros integrantes, realmente é a musica que tocamos em todos os shows, de certa forma ela veio realmente se tornando a nossa “musica de trabalho”.
Quanto a maturidade musical deve-se a participação de todos os músicos nas composições, não gravamos nenhuma musica até que todos estivessem satisfeitos com a sonoridade, o disco teve que ser todo criado, arranjado e produzido (pelo nosso grande amigo e parceiro Cesar Casara) no período de um ano, pois tínhamos que cumprir com este prazo por termos tido o grande prazer se sermos financiados por um projeto chamado Financiarte, desenvolvido pela Secretaria da Cultura aqui de Caxias do Sul, isso também nos manteve unidos dando essa cara ao trabalho, que também contou com fotografias do Gabriel Lain e arte gráfica de Vinicius Mano, dois grandes talentos aqui do Sul.
GM - Percebi também que a banda explora outras vertentes do Rock, caso do Rockabilly e Blues, não muito explorado nas novas bandas que tenho ouvido. Acho que vocês posicionaram os estilos dentro do Rock de forma brilhante. As influências da banda ajudaram muito nesse processo?
Com certeza ajudaram, somos em 6 integrantes e todos possuem algum estilo musical que curte mais que é completamente diferente dos estilos preferidos dos outros.
GM - Como tem sido a repercussão do álbum?
Foi lançado no final de fevereiro e até o momento tem sido bem aceito e nos abriu muitas portas em casas de shows do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, ainda estamos em processo de divulgação e distribuição, o que não é nada fácil para uma banda independente....
GM - E os próximos planos da banda, quais são?
Dar sequência a distribuição do disco, venda de shows, que acaba sendo nossa melhor forma de vender e divulgar nosso Disco e retomar as composições, pois já estamos pensando num próximo trabalho.
GM - O Galeria Musical agradece a entrevista e deseja boa sorte à banda!
Nós que agradecemos a oportunidade é sempre bom saber que tem pessoas lutando assim como nós pelo Rock e a boa musica. Quem quiser pode acessar o www.myspace.com/tubarao75 e escutar nossas musicas ou nos adicionar no facebook ou twitter que estamos sempre atualizando materiais e mantendo contato com a galera.
Antes de mais nada gostaria de agradecer a oportunidade de estarmos divulgando nosso trabalho a todos os internautas e leitores do galeria musical.
O nome da banda surgiu numa conversa de Bar, onde nos reunimos para trocar uma idéia sobre musica, repertório para show e também o nome para a banda, o que julgo ser uma das coisas mais difíceis a se definir........e nessa conversa começamos a falar sobre bandas cujo nomes possuem relação com carros, motor, velocidade, força, potência..... que é a cara do Rock, e começamos a citar alguns nomes de carros e mencionamos o lendário Chevette Tubarão, e no mesmo instante começaram a surgir as coincidências como o ano clássico do carro ser 75, a metade da década a qual mais nos influencia musicalmente, juntamente com o Filme Tubarão deste mesmo período e por ser realmente um nome diferente, a palavra Tubarão também esta ligada a força......
GM - Apesar do som ser explicitamente inspirado nos anos 70, achei o som atualíssimo. Houve alguma preocupação da banda em não soar retrô demais?
Nossa principal preocupação foi em buscar os timbres que realmente gostamos, para isso usamos instrumentos e amplificadores antigos e sempre que podemos levamos isso para os shows também. Entretanto quanto as composições elas foram nascendo de uma forma em que compúnhamos os arranjos nos ensaios, ou seja com todos os integrantes, por isso se percebe a grande quantidade de influencias nas musicas, algumas musicas foram se modificando até o ultimo momento da gravação, como por exemplo a musica “Todas as Manhãs” que acabamos colocando a gaita de boca como teste e que acabou soando de forma bem interessante sendo inclusive a introdução da musica.
GM - Senti alguma referência aos conterrâneos do Cachorro Grande, a banda é uma referência?
Eles são uma verdadeira enciclopédia do rock..........realmente gostamos da banda, porem acho que o nosso som parte de referencias sessentistas como o som deles, porem trafega por estradas setentistas diferenciadas, utilizamos um pouco mais de influencias do Disco e do Funk.
GM - Quais são as principais referências sonoras da banda?
Os clássicos do rock em geral e bandas mais recentes como Kings of Leon, Queens of the Stone Age, Franz Ferdinand, The Music e por ai vai......
GM - Vejo a cena do Sul inspiradíssima, mesmo deixando de lado os modismos, bandas como a Tubarão 75 fazem Rock de verdade. Qual o fator motivador para o Rock se fazer tão presente assim no som do Sul?
Eu acredito que a cena aqui seja forte pelo fato de existir muitas bandas a fim de fazer musica própria e algumas delas chegam a se manter financeiramente realizando shows apenas aqui no sul, mas apesar de ser forte ainda considero pequena pela grande quantidade de bandas com musicas de ótima qualidade existente, quando tocamos em festivais sempre acabamos conhecendo bandas novas com músicos talentosos e de muito bom gosto. Mas como em qualquer outro lugar do Brasil o rock de verdade tem muito mais dificuldade de penetrar na mídia de grande massa.
GM - Acho "Olhar Negro" um Rock arrebatador, acima de tudo melódico. Como foi que a banda conseguiu chegar nesse nível de maturidade musical já no primeiro disco?
Olhar Negro é uma composição antiga minha (Patrick Bordin) e do André Elias que veio passando por adaptações nos arranjos com os outros integrantes, realmente é a musica que tocamos em todos os shows, de certa forma ela veio realmente se tornando a nossa “musica de trabalho”.
Quanto a maturidade musical deve-se a participação de todos os músicos nas composições, não gravamos nenhuma musica até que todos estivessem satisfeitos com a sonoridade, o disco teve que ser todo criado, arranjado e produzido (pelo nosso grande amigo e parceiro Cesar Casara) no período de um ano, pois tínhamos que cumprir com este prazo por termos tido o grande prazer se sermos financiados por um projeto chamado Financiarte, desenvolvido pela Secretaria da Cultura aqui de Caxias do Sul, isso também nos manteve unidos dando essa cara ao trabalho, que também contou com fotografias do Gabriel Lain e arte gráfica de Vinicius Mano, dois grandes talentos aqui do Sul.
GM - Percebi também que a banda explora outras vertentes do Rock, caso do Rockabilly e Blues, não muito explorado nas novas bandas que tenho ouvido. Acho que vocês posicionaram os estilos dentro do Rock de forma brilhante. As influências da banda ajudaram muito nesse processo?
Com certeza ajudaram, somos em 6 integrantes e todos possuem algum estilo musical que curte mais que é completamente diferente dos estilos preferidos dos outros.
GM - Como tem sido a repercussão do álbum?
Foi lançado no final de fevereiro e até o momento tem sido bem aceito e nos abriu muitas portas em casas de shows do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, ainda estamos em processo de divulgação e distribuição, o que não é nada fácil para uma banda independente....
GM - E os próximos planos da banda, quais são?
Dar sequência a distribuição do disco, venda de shows, que acaba sendo nossa melhor forma de vender e divulgar nosso Disco e retomar as composições, pois já estamos pensando num próximo trabalho.
GM - O Galeria Musical agradece a entrevista e deseja boa sorte à banda!
Nós que agradecemos a oportunidade é sempre bom saber que tem pessoas lutando assim como nós pelo Rock e a boa musica. Quem quiser pode acessar o www.myspace.com/tubarao75 e escutar nossas musicas ou nos adicionar no facebook ou twitter que estamos sempre atualizando materiais e mantendo contato com a galera.