Artista do Mês - 03/2011
FUNDRIVERS, THENa nossa primeira seção "Banda do Mês" em 2011 apresentamos a vocês a banda paulista The Fundrivers. O Som do grupo nos chamou atenção por tratar de uma sonoridade calcada no Rock básico que remete a bandas como Beatles, Creedence Clearwater Revival e Beach Boys, além de outras influências. Eles fazem canções em inglês cem por cento autorais que vocês poderão conhecer na íntegra aqui no Galeria Musical, pois a banda disponibilizou o link com o álbum completo. Além do download a banda também liberou Cds e camisas para sorteio, além de nos conceder uma entrevista. Um prato cheio para começar bem a nossa já badalada coluna. Esperamos que vocês curtam a primeira banda paulista a figurar nessa seção.
Conheça o Artista
- LOOKIN BACK AND AHEAD
2010
Por Anderson Nascimento
Quando “Lookin Back And Ahead” começa a tocar, tem-se uma rápida sensação de Déja-Vù, isso porque em “Hangin Around”, primeira música do disco de estreia da banda paulista “The Fundrivers”, algo subliminar te leva a cantar junto com a banda o seu refrão. Daí somos levados a uma mistura que inicia no Country Rock californiano dos anos setenta, cruza o Atlântico e emenda na psicodelia inglesa dos anos sessenta, tudo isso em apenas três minutos. Esse é o som que você vai encontrar nesse surpreendente álbum.
É claro que em muitos momentos você vai encontrar uma forte referência da banda Creedence Clearwater Revival, ou seja, um Rock ácido, estradeiro e rascante. Isso se justifica dado os primórdios da banda, onde Sérgio Castelani, Chico, Pedro Bezerra e Glauco Eiji, ralavam como banda cover do famoso grupo americano liderado por John Fogerty.
Logo veio a ideia de gravarem músicas próprias e as canções, influenciadas por bandas como Beatles, Kinks, Who, Queen e Supergrass, serviram como base para as onze canções do disco, o que não significa que os caras fizeram algo datado ou com apenas meras canções novas a partir de sucessos antigos. O que impressiona no trabalho do grupo é justamente a forma com a qual eles trabalham as suas influências como ponto de partida para viagens acachapantes a partir de misturas bem azeitadas de várias escolas do bom e velho Rock and Roll.
Um caso que explicita isso com propriedade é a canção “Money” que começa como um Rock abusadamente calcado em Creedence e Steppenwolf, culminando em uma explosão roqueira caótica de deixar qualquer fã do Rock boquiaberto. Tudo na música é megalomaníaco, desde a virtuose instrumental até a incrível performance vocal, um verdadeiro show de Rock.
Basicamente a banda incorpora o que foi feito de melhor no Rock entre as décadas de 60 e 70, mas no álbum também há lugar para sonoridades mais contemporâneas, caso da bela “Back To My Arms”, única canção a romper a casa dos cinco minutos, de letra lúgrube e uma melodia à altura da mesma.
A magia provocada pelas misturas sonoras da banda tem o seu ápice em “Again And Again”, melhor música do disco, que chega incrivelmente a lembrar os discos da fase seminal de Elvis Costello. A canção tem um belo arranjo vocal e um persistente refrão que conquista o ouvinte de primeira, algo não tão simples em canções cantadas em língua Bretã, mas encontrado fartamente nesse álbum.
Os dois anos de experiência adquiridos como banda cover fizeram muito bem a banda. Com instrumental irrepreensível e um elogiável domínio na língua inglesa, a qual todo o trabalho, cem por cento autoral, está baseado, a banda diverte e entrega um trabalho descontraído e honesto, digno de orgulho por parte de quem fez e de satisfação por parte de quem ouve, até porque é sempre bacana encontrar trabalhos feitos com garra e talento como esse produzido pela banda. Rapazes, vocês estão de parabéns!
É claro que em muitos momentos você vai encontrar uma forte referência da banda Creedence Clearwater Revival, ou seja, um Rock ácido, estradeiro e rascante. Isso se justifica dado os primórdios da banda, onde Sérgio Castelani, Chico, Pedro Bezerra e Glauco Eiji, ralavam como banda cover do famoso grupo americano liderado por John Fogerty.
Logo veio a ideia de gravarem músicas próprias e as canções, influenciadas por bandas como Beatles, Kinks, Who, Queen e Supergrass, serviram como base para as onze canções do disco, o que não significa que os caras fizeram algo datado ou com apenas meras canções novas a partir de sucessos antigos. O que impressiona no trabalho do grupo é justamente a forma com a qual eles trabalham as suas influências como ponto de partida para viagens acachapantes a partir de misturas bem azeitadas de várias escolas do bom e velho Rock and Roll.
Um caso que explicita isso com propriedade é a canção “Money” que começa como um Rock abusadamente calcado em Creedence e Steppenwolf, culminando em uma explosão roqueira caótica de deixar qualquer fã do Rock boquiaberto. Tudo na música é megalomaníaco, desde a virtuose instrumental até a incrível performance vocal, um verdadeiro show de Rock.
Basicamente a banda incorpora o que foi feito de melhor no Rock entre as décadas de 60 e 70, mas no álbum também há lugar para sonoridades mais contemporâneas, caso da bela “Back To My Arms”, única canção a romper a casa dos cinco minutos, de letra lúgrube e uma melodia à altura da mesma.
A magia provocada pelas misturas sonoras da banda tem o seu ápice em “Again And Again”, melhor música do disco, que chega incrivelmente a lembrar os discos da fase seminal de Elvis Costello. A canção tem um belo arranjo vocal e um persistente refrão que conquista o ouvinte de primeira, algo não tão simples em canções cantadas em língua Bretã, mas encontrado fartamente nesse álbum.
Os dois anos de experiência adquiridos como banda cover fizeram muito bem a banda. Com instrumental irrepreensível e um elogiável domínio na língua inglesa, a qual todo o trabalho, cem por cento autoral, está baseado, a banda diverte e entrega um trabalho descontraído e honesto, digno de orgulho por parte de quem fez e de satisfação por parte de quem ouve, até porque é sempre bacana encontrar trabalhos feitos com garra e talento como esse produzido pela banda. Rapazes, vocês estão de parabéns!
Contatos
- Integrantes: Sérgio Castelani, Pedro Bezerra, Gustavo Lamounier e Marquinhos
Site: http://www.thefundrivers.com/
MySpace: http://www.myspace.com/thefundrivers
Facebook: http://www.orkut.com.br/Community?cmm=31025357
Twitter: http://twitter.com/thefundrivers
E-Mail: [email protected]
Tels: (11) 6366-9495 Sergio - (11) 9546-8004 Chico
Entrevista
GM - Como vocês classificam o som que fazem, existe um público alvo?
The Fundrivers - Bom, é difícil classificar... a gente chama de Rock, alguns de Rock’n Roll, outros de Classic Rock. A gente acha que é um pouco de cada, com um pouco de música brasileira, outras coisas mais modernas e principalmente nós mesmos, tudo misturado! Uma das músicas do próximo disco se chamará “Play What You Are”, que é algo que uma vez John Lennon disse numa entrevista que todas as bandas deveriam fazer. Então acho que no fundo é tudo um pouco de cada um da banda. Quanto a um público alvo, não temos preferência: se você gosta, seja bem-vindo!
GM - Além do Creedence quais as outras influências da banda? No Brasil quem são as referências da banda?
The Fundrivers - Tanto quanto o Creedence, temos também muita influência de Beatles, Beach Boys, Stones, e Queen. Adoramos encher as músicas de vozes e arranjos, coisas que essas bandas faziam de sobra! Além disso gostamos muito também de Supergrass, Who, Oasis, etc. E claro, da origem de tudo, como Elvis e Chuck Berry, e também de bandas nacionais, como Titãs, Raul Seixas, e principalmente Mutantes.
GM - Pessoalmente eu acredito artistas brasileiros para cantar em inglês, tem que saber exatamente o que estão fazendo. No caso de vocês a interpretação é irrepreensível, vocês treinaram a língua inglesa ou existe algum histórico que justifique a fluência?
The Fundrivers - Bom, em primeiro lugar muito obrigado. Acho que a explicação para isso é um pouco de cada: treino e histórico. Crescemos ouvindo essas coisas, todos nós, e cantando junto. Todos nós já tivemos bandas cover (além do Creedence cover) em que a maioria das músicas é em inglês, e todos da banda são vocalistas. Fora isso, o Pedro é professor da língua, o que ajuda muito!
GM - Percebo que a temática e visual "estradeiro" da banda se misturam com uma pegada que remete à Beach Boys e psicodelia, é por aí mesmo?
The Fundrivers - Exatamente. Não sabemos explicar direito a conexão das duas coisas, acho que é uma coisa mais simples que isso: gostamos desse visual estrada, carros velhos, etc... e musicalmente adoramos arranjos vocais, psicodelia, experimentação, mas tudo dentro de melodias e harmonias bonitas. Então acho que é uma questão de gosto mesmo!
GM - Como foi a recepção pela imprensa do primeiro álbum da banda? E do público que acompanha vocês?
The Fundrivers - A recepção foi muito boa, de ambas as partes. Todos que ouvem elogiam muito, e costumam voltar aos shows. Os reviews feitos pela imprensa até agora todos foram ótimos, e olha que a gente morria de medo do pessoal pegar pesado conosco... rsrsrs. A única pena é que é muito difícil, monetariamente, conseguir atingir uma divulgação ampla e de massa, como acontece com muita coisa ruim no nosso país, infelizmente.
GM - A banda já pensa no segundo álbum? Em termos de sonoridade, a banda deve mudar alguma coisa?
The Fundrivers - Sim, pensamos sim! Aqui todos compõem, cada qual no seu estilo, então é difícil passar uma semana sem que pelo menos algum de nós não tenha uma idéia nova pra mostrar... já temos umas 4-5 músicas praticamente prontas, e que inclusive tocamos nos shows atualmente, e que só vão ser gravadas pro próximo álbum. Já a gravação ainda vai esperar um pouco, a gente ainda quer conseguir muita coisa antes disso! A sonoridade acho que será parecida, mas sempre com algumas surpresas... algumas já podem ser conferidas nos shows...
GM - De que forma as novas mídias sociais impactam na carreira da banda?
The Fundrivers - O impacto é total. Hoje em dia a todos estão na internet, e nós também. Temos website oficial, Myspace, Facebook (perfil e página), Orkut, Twitter, e tudo mais que pode existir. Estamos nos canais de rádio online, participamos de programas pela internet, e tudo que aparecer! Usamos principalmente o Facebook e email para divulgar os shows e novidades da banda, para todos aqueles que nos mandam uma mensagem pedindo para serem informados.
GM - Entre acontecimentos inusitados ou algo que seja motivo de orgulho, qual o fato mais bacana que já rolou na história da banda?
The Fundrivers - Bom, ser a banda do mês aqui foi algo que nos marcou muito, ficamos muito felizes! Também realizamos algumas coisas muito legais ano passado, como por exemplo abrir o show do Moraes Moreira no evento organizado pela prefeitura de Diadema. Mas acho que a coisa mais legal é mesmo a satisfação de se ouvir e gostar de verdade das músicas. Isso não tem preço.
GM - Quais as pretensões da banda?
The Fundrivers - Atualmente, o que mais precisamos é de patrocínios, pessoas que queiram investir em marketing, propaganda e divulgação. É aí que nosso bolso dói, e onde encontramos a principal barreira: a gente quer ser ouvido pelo máximo de pessoas o possível, fazer turnês, etc, mas isso foge um pouco ao nosso alcance financeiro... outras coisas menos ambiciosas são também gravar um videoclipe oficial, mas isso já está bem próximo de acontecer!
GM - O Galeria Musical agradece a entrevista e deseja boa sorte e vida longa ao "The Fundrivers"!
The Fundrivers - Nós é que agradecemos, e parabéns pelo Galeria! Grande Abraço!
The Fundrivers - Bom, é difícil classificar... a gente chama de Rock, alguns de Rock’n Roll, outros de Classic Rock. A gente acha que é um pouco de cada, com um pouco de música brasileira, outras coisas mais modernas e principalmente nós mesmos, tudo misturado! Uma das músicas do próximo disco se chamará “Play What You Are”, que é algo que uma vez John Lennon disse numa entrevista que todas as bandas deveriam fazer. Então acho que no fundo é tudo um pouco de cada um da banda. Quanto a um público alvo, não temos preferência: se você gosta, seja bem-vindo!
GM - Além do Creedence quais as outras influências da banda? No Brasil quem são as referências da banda?
The Fundrivers - Tanto quanto o Creedence, temos também muita influência de Beatles, Beach Boys, Stones, e Queen. Adoramos encher as músicas de vozes e arranjos, coisas que essas bandas faziam de sobra! Além disso gostamos muito também de Supergrass, Who, Oasis, etc. E claro, da origem de tudo, como Elvis e Chuck Berry, e também de bandas nacionais, como Titãs, Raul Seixas, e principalmente Mutantes.
GM - Pessoalmente eu acredito artistas brasileiros para cantar em inglês, tem que saber exatamente o que estão fazendo. No caso de vocês a interpretação é irrepreensível, vocês treinaram a língua inglesa ou existe algum histórico que justifique a fluência?
The Fundrivers - Bom, em primeiro lugar muito obrigado. Acho que a explicação para isso é um pouco de cada: treino e histórico. Crescemos ouvindo essas coisas, todos nós, e cantando junto. Todos nós já tivemos bandas cover (além do Creedence cover) em que a maioria das músicas é em inglês, e todos da banda são vocalistas. Fora isso, o Pedro é professor da língua, o que ajuda muito!
GM - Percebo que a temática e visual "estradeiro" da banda se misturam com uma pegada que remete à Beach Boys e psicodelia, é por aí mesmo?
The Fundrivers - Exatamente. Não sabemos explicar direito a conexão das duas coisas, acho que é uma coisa mais simples que isso: gostamos desse visual estrada, carros velhos, etc... e musicalmente adoramos arranjos vocais, psicodelia, experimentação, mas tudo dentro de melodias e harmonias bonitas. Então acho que é uma questão de gosto mesmo!
GM - Como foi a recepção pela imprensa do primeiro álbum da banda? E do público que acompanha vocês?
The Fundrivers - A recepção foi muito boa, de ambas as partes. Todos que ouvem elogiam muito, e costumam voltar aos shows. Os reviews feitos pela imprensa até agora todos foram ótimos, e olha que a gente morria de medo do pessoal pegar pesado conosco... rsrsrs. A única pena é que é muito difícil, monetariamente, conseguir atingir uma divulgação ampla e de massa, como acontece com muita coisa ruim no nosso país, infelizmente.
GM - A banda já pensa no segundo álbum? Em termos de sonoridade, a banda deve mudar alguma coisa?
The Fundrivers - Sim, pensamos sim! Aqui todos compõem, cada qual no seu estilo, então é difícil passar uma semana sem que pelo menos algum de nós não tenha uma idéia nova pra mostrar... já temos umas 4-5 músicas praticamente prontas, e que inclusive tocamos nos shows atualmente, e que só vão ser gravadas pro próximo álbum. Já a gravação ainda vai esperar um pouco, a gente ainda quer conseguir muita coisa antes disso! A sonoridade acho que será parecida, mas sempre com algumas surpresas... algumas já podem ser conferidas nos shows...
GM - De que forma as novas mídias sociais impactam na carreira da banda?
The Fundrivers - O impacto é total. Hoje em dia a todos estão na internet, e nós também. Temos website oficial, Myspace, Facebook (perfil e página), Orkut, Twitter, e tudo mais que pode existir. Estamos nos canais de rádio online, participamos de programas pela internet, e tudo que aparecer! Usamos principalmente o Facebook e email para divulgar os shows e novidades da banda, para todos aqueles que nos mandam uma mensagem pedindo para serem informados.
GM - Entre acontecimentos inusitados ou algo que seja motivo de orgulho, qual o fato mais bacana que já rolou na história da banda?
The Fundrivers - Bom, ser a banda do mês aqui foi algo que nos marcou muito, ficamos muito felizes! Também realizamos algumas coisas muito legais ano passado, como por exemplo abrir o show do Moraes Moreira no evento organizado pela prefeitura de Diadema. Mas acho que a coisa mais legal é mesmo a satisfação de se ouvir e gostar de verdade das músicas. Isso não tem preço.
GM - Quais as pretensões da banda?
The Fundrivers - Atualmente, o que mais precisamos é de patrocínios, pessoas que queiram investir em marketing, propaganda e divulgação. É aí que nosso bolso dói, e onde encontramos a principal barreira: a gente quer ser ouvido pelo máximo de pessoas o possível, fazer turnês, etc, mas isso foge um pouco ao nosso alcance financeiro... outras coisas menos ambiciosas são também gravar um videoclipe oficial, mas isso já está bem próximo de acontecer!
GM - O Galeria Musical agradece a entrevista e deseja boa sorte e vida longa ao "The Fundrivers"!
The Fundrivers - Nós é que agradecemos, e parabéns pelo Galeria! Grande Abraço!