Resenha do Cd Om Dub / Marcelo Vig

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OM DUB
MARCELO VIG
2015

BOLACHA DISCOS
Por Anderson Nascimento

Baterista, DJ, produtor e compositor, Marcelo Vig é um nome já bastante conhecido no meio musical. Como baterista, já trabalhou no estrangeiro com gente como Eminem, Avril Lavigne, Will Smith, entre outros; e no Brasil com uma enorme lista de artistas que incluem Gilberto Gil, Lenine, Roberta Sá, Pedro Luis, Marcelo Bonfá, Lobão, Léo Jaime e Zé Renato.

Artista com vários prêmios no currículo, Marcelo lançou no fim do ano passado o disco “OM’Dub”, disco que contou com a participação de diversos músicos e foi viabilizado através do financiamento coletivo (Crowd Funding).

Com dez faixas, boa parte delas instrumental (embora também haja “canções cantadas”), o disco é repleto de batidas que te convidam para dançar, e se destaca pelas mais incríveis experimentações sonoras. “Dança Criola”, canção que abre o CD, segue essa cartilha, untando programações eletrônicas com o ótimo Acordeom de Humberto Barros e a pontual voz de Raquel Coutinho, embalando a ritmada faixa.

Em “Trombone Groove” é a vez de Marlon Sette desfilar com seu instrumento sobre a cama sonora comandada por Marcelo Vig. Impressiona a forma como o trombone aparece como convidado de gala na canção.

“Frequencies Will Meet” é a primeira das duas faixas em inglês do álbum. A voz é de Mary Byker, em faixa que mistura uma batida genuinamente brasileira com o azeitado Dub que dá nome ao disco.

O disco também surpreende com em momentos como “Blind Man Beat”, faixa que agrega uma singela guitarra portuguesa tocada por Lucas Vasconcellos, que contracena com o pandeiro de Marcos Suzano.

Em muitos momentos o trabalho de Vig também passa pelo Samba ao longo do disco. Isso ocorre, pela primeira vez em “Sambavademais”, canção que inicia com a levada do ritmo que dá nome à faixa, mas que imerge ao som das programações, voltando então quando a voz de Gabriel Muzak canta os seus versos. A sequência, “Explosão do Samba” também buli com o Samba, agregando Marcos Suzano e Guilherme Gê, respectivamente no tamborim & repique e teclados.

Em “Hoje Não Dá (ou o rap de uma frase só)” apresenta a voz de Vig sobre, como o próprio nome da faixa diz, a única frase da canção. Já “Carimbstep” traz Pedro Luís e Marcos André nos vocais, além de grande elenco no instrumental.

A faixa “Estádio”, composta por Fausto Fawcett e Fred Nascimento é, juntamente com a faixa de abertura, uma das canções mais legais do disco, cantada em forma de cântico de torcida, a canção agrega várias boas programações e muita criatividade por parte do artista, relembrando ainda a pegada roqueira enraizada no artista desde os anos 90.

Encerrando com a faixa bônus “Phat Samba”, um misto Pop de Rock, Hip-Hop e Samba, que traz novamente a voz de Mary Byker, o álbum, (muito bem) produzido pelo próprio Marcelo Vig, é perfeito para embalar noitadas em boates e encontros com os amigos.

Resenha Publicada em 10/03/2015





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