Resenha do Cd Produto Da Modernidade / Subtropicais

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PRODUTO DA MODERNIDADE
SUBTROPICAIS
2013

PISCES RECORDS
Por Anderson Nascimento

Composta por Alexandre Marques (guitarra e voz), João Ortácio (guitarra e voz), Marcelo Brack (percussão) e Diego Berquó (bateria), a banda Subtropicais foi formada em Porto Alegre no ano de 2000. De lá para cá, o grupo passou a colocar as suas ideias em prática, usando a originalidade como característica principal para atingir as pessoas com o seu som.

Corroborando a sua marca registrada, ou seja, a fusão de ritmos embalados com o Rock (com doses de suingue), a faixa título possui levada deliciosa, mas é apenas uma das sonoridades presentes nesse segundo disco da banda Subtropicias.

“Venha o que vier” e a sequência com “Deixa Cair”, por exemplo, trazem uma levada com ares que lembram o BritPop, sempre tratando a melodia de forma ímpar, além disso, no caso de “Deixa Cair”, destaca-se também a letra, que é bastante peculiar, usando e abusando da simplicidade das palavras para formar a boa narrativa da canção.

Na maior parte do disco, as canções são curtas, o que faz com que a banda consiga dar o seu recado de maneira rápida e direta, o que também parece ser uma das características do grupo.

Retomando ainda as influências, vale citar que “Oliveira” exibe a banda surfando sobre vários aspectos, entre eles aproximação com o som regional e, até, com a Black Music setentista, enquanto em “Samba Triste” temos a banda atacando de Samba-Rock. Reafirmando a força que a banda tem no âmbito da música em si, a banda ataca com duas canções instrumentais, “Soneca” e o o Ska “Da Guiné.

A beleza toma conta também de faixas como “Quando o frio chegou”, talvez o momento mais cativante do álbum, que, além do instrumental e do coro marcante, ganha uma interpretação pra lá de bonita por parte de seu vocalista Alexandre Marques.

“O que esperar?” é outro entre os melhores momentos do álbum, já que apresenta um arranjo fantástico, que faz a melodia ter ares tensos e instigantes. Na mesma linha, O Rock “Aconteceu” também se destaca entre riffs fortes e cativantes.

“Esfinge” é o petardo escolhido para encerrar o disco. A canção diferencia-se das outras, principalmente por ser a faixa mais longa do disco, passando dos cinco minutos, enquanto a sua letra faz uma analogia com “o enigma da esfinge”, e sua atitude flerta, ainda que sem acentuar tanto, com o Rock progressivo.

Fora isso tudo, o CD traz um encarte encantador, onde cada uma das canções ganha uma arte própria, emoldurando as suas letras.

O resumo da ópera é que, mais uma vez, o Sul mostra o talento e a força de seus artistas que aparecem a todo o momento para nos lembrar de que tem muita música boa sendo feita por aí, por pessoas com esmero, bom gosto e dedicação. Grande álbum!

Resenha Publicada em 26/08/2014





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